QUADRO À NOITE
Hora de encanto! Hora de saudade! Hora de poesia! Hora de amor! Ali começava a tristeza e a solidão! E o vento movendo a neblina brusca e dissipando a tristeza abre a verde miragem da luz do luar, que jorra em profusão.
Tudo desperta: as recordações e saudades! A látega praça jaz no letargo do seu abandono noturno. Quebra de vez em quando o silêncio, o barulho da massa líquida que se despenha da montanha! Vemos dois grandes poderes: o da natureza, representado pelo magnífico luar que banha a praça, a avenidinha, as ruas, sugerindo contornos dignos de uma tela, e, o poder divino, que é o maior, simbolizado pela cruz fincada no Cruzeiro e no cimo da austera Igrejinha.
Eu, sozinha, fico a olhá-los e interrogo-os: por que tanta solidão? E vejo os brancos dos jardins, desertos, ninguém neles! Onde estão os casais, românticos? O silêncio é completo!
E os teus moradores, oh, tradicional e velha praça?! Apenas veja o fantasma de um sonho de amor que por ali passou! E o passado adeja e esvoaça!
Os coqueiros eretos não se movem! O velho tamarindeiro completa o belo panorama, gesticulando um adeus!... E tudo é tristeza, abandono e poesia!
Será, velho Quadro, que te abandonaram?
Será que tu és como a planta que nascida em condições atmosféricas deploráveis, jamais poderá florescer?
Não. Tu floresces a cada dia em meu coração. E eu te admiro, oh, belo quadro, tão poético, tão belo e tão triste!
E a lua lavava o chão, espalhando a sua claridade argêntea na avenidinha, no tamarindeiro, na Igrejinha, indo se chocar com a serra.
É a hora de encanto, de saudade, de poesia, de amor!
Dra. Cleide Melo Lima Damasceno
Hora de encanto! Hora de saudade! Hora de poesia! Hora de amor! Ali começava a tristeza e a solidão! E o vento movendo a neblina brusca e dissipando a tristeza abre a verde miragem da luz do luar, que jorra em profusão.
Tudo desperta: as recordações e saudades! A látega praça jaz no letargo do seu abandono noturno. Quebra de vez em quando o silêncio, o barulho da massa líquida que se despenha da montanha! Vemos dois grandes poderes: o da natureza, representado pelo magnífico luar que banha a praça, a avenidinha, as ruas, sugerindo contornos dignos de uma tela, e, o poder divino, que é o maior, simbolizado pela cruz fincada no Cruzeiro e no cimo da austera Igrejinha.
Eu, sozinha, fico a olhá-los e interrogo-os: por que tanta solidão? E vejo os brancos dos jardins, desertos, ninguém neles! Onde estão os casais, românticos? O silêncio é completo!
E os teus moradores, oh, tradicional e velha praça?! Apenas veja o fantasma de um sonho de amor que por ali passou! E o passado adeja e esvoaça!
Os coqueiros eretos não se movem! O velho tamarindeiro completa o belo panorama, gesticulando um adeus!... E tudo é tristeza, abandono e poesia!
Será, velho Quadro, que te abandonaram?
Será que tu és como a planta que nascida em condições atmosféricas deploráveis, jamais poderá florescer?
Não. Tu floresces a cada dia em meu coração. E eu te admiro, oh, belo quadro, tão poético, tão belo e tão triste!
E a lua lavava o chão, espalhando a sua claridade argêntea na avenidinha, no tamarindeiro, na Igrejinha, indo se chocar com a serra.
É a hora de encanto, de saudade, de poesia, de amor!
Dra. Cleide Melo Lima Damasceno
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