segunda-feira, 12 de outubro de 2015

​Colegas e amigo(a)s,
Quando trabalhava na Assessoria do BNB, no Edifício São Luís, na Praça do Ferreira, coração de Fortaleza, havia no setor onde trabalhava um funcionário encarregado de ler as principais revistas e jornais do Ceará​, de Pernambuco, da Bahia, do Rio de Janeiro, de Brasília e de São Paulo. Trabalho, sem dúvida, agradável, mas de responsabilidade. Devia o funcionário recortar qualquer notícia sobre o BNB, preparar um dossiê e enviá-lo ao Gabinete da Presidência do Banco, diariamente. Acontece que o Chefe da Assessoria entrou de férias e veio, para substituí-lo, um funcionário de outro departamento, aliás amigo meu. Certo dia, ele me chamou ao seu Gabinete e me disse que, quando andava pelos diversos setores da Assessoria, via aquele funcionário sempre lendo jornal e revista. Perguntou se ele não tinha outra coisa a fazer. Respondi-lhe, para surpresa dele, que aquele era  o ofício do funcionário. Recordo-me que, em Ipuarana, em determinado ano, fui encarregado de recortar jornais e revistas, num determinado tamanho, para servir de papel higiênico a ser colocado nas privadas dos alunos. Tarefa prazerosa, não restava dúvida, mas os frades, antes de me mandar os jornais do Rio e  de São Paulo, bem como de Pernambuco, retiravam todos as fotos de mulheres, principalmente as  de artistas de cinema e de teatro. De mulher bonita, em geral. Às vezes, por descuido, sobrava uma foto. Mas o que quero destacar aqui é que a Polícia Federal deve ter um funcionário especializado em História para dar nomes às operações deflagadas por ela. Temos esta,  Zelotes. Zelotes, pelo que sei, era uma seita de judeus, no tempo de Cristo, que era contrária à dominação romana e fazia todo tipo de represálias às tropas de César. Havia, entre eles, os conhecidos "sicarii" (sicários, assassinos), cujo nome vem da palavra latina SICA que significa punhal. Os sicários escondiam seus punhais dentro de suas túnicas, completamente escondidos, e, ao passarem por soldados romanos, os apunhalavam sem piedade. A reação da tropa romana era imediata, segundo nos relata Flavius Josephus em seu livro Guerras Judaicas.
Abr. Olívio

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