Ipu: perfil urbano VII
Jardim de Iracema. Fotografia do acervo do prof. Mello |
Da calçada do antigo Palacete Iracema, na rua Cel.
Liberalino, o viajante vê, a poucos metros de distância, a atual Praça de Iracema, bem no coração
pulsante da cidade, onde, em 1927 foi inaugurado o Jardim de Iracema, por iniciativas de homens desejosos de espaços
de sociabilidades modernas. No centro do Jardim
foi erguido um coreto onde, aos domingos, as bandas de música do Centro Artístico Ipuense[1] e da Euterpe Ipuense[2] realizavam retretas para o deleite de
pessoas abastadas e que se reuniam para sociabilizar-se e respirar os ares de
um mundo novo buscado, sem ser incomodados pelo “populacho”, mantidos a
distância pela força policial. O viajante se decepcionaria, também, ao saber
que aquele logradouro foi destruído e reconstruído quatro sucessivas vezes e
que a Praça de Iracema[3], atual, foi inaugurada apenas nos
primeiros anos do século XX. É escusado dizer que a atual praça nada lembra a
antiga ali erguida.
Seguindo ainda por uma das duas vias
que ligam a Estação Ferroviária ao centro, o viajante chega a uma das duas
esquinas do Mercado Público. Talvez se impressione com a robusteza do comércio,
apesar de seu crescimento lento atual: para qualquer lado que olhe avista um
mar de estabelecimentos comerciais e um burburinho constante, em alguns dias
ensurdecedor, de veículos e pessoas circulando, algo pouco característico das
pequenas cidades do interior do Ceará.
Continua...
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