O Lobisomem, do Ariri. Corria a Fogueira de São João nos quintais da Família do seu Ariri, irmãos de Cecília, Mimosa e
Maria. Pessoas gradas da terra, gente humilde, mas, de um conceito social e
religioso invejável. A animação da fogueira era contagiante todos se divertiam
alegremente com as cantigas folclóricas alusivas aos Santos das fogueiras. De
repente e mais que repentinamente surge do meio do nada um bicho cabeludo
parecido com um lobo de pele preta e parte em direção aos assistentes da
fogueira. Foi uma correria sem tamanho, todos se assustaram e correram em
direção as casas. O Sr. Ariri por ser um homem destemido, partiu em busca do
desconhecido não encontrando mais nada, somente um rasto largo e espalhafatoso,
coisa de fazer medo a qualquer um. Ariri ainda deu dois tiros com o seu
revolver calibre 22 que pode ter alcançado o bicho. No dia seguinte certo
cidadão de Ipu apareceu no mercado com a marca de dois tiros debaixo das
axilas. Seria um Lobisomem?
O Luiz Belém. Homem inteligente, pai de
uma prole de muitos filhos que muito orgulham a nossa cidade. Pelo seu intelecto
inteligentíssimo os nomes dos seus descentes eram: Alfa, Beta, Omam, Marmo e
outros que a memória me trai agora.
Depois de
sua viuvez passou a se contentar com alguns namoricos e fazia acontecer os seus
encontros na antiga Travessa Ibiapaba hoje Rua João Anastácio Martins, nos
beirais do seu quintal o que motivou muito susto nos transeuntes da “Travessa”.
Certa vez seu Luiz ia saindo de um dos seus momentos amorosos e assustou um
grupo de jovens que se preparavam para uma serenata, pois acreditem um dos
seresteiros ao ver aquele rebuliço sacou de uma pistola, daquelas de dois canos,
ou seja, dois tiros e uma carreira e deu dois tiros para cima. Foi uma correria
sem fim por dentro do seu quintal cheio de fruteira e tudo mais. Um quebra -
quebra dos diabos.
Alberto Aragão. Satírico e muito
gaiato vivia a pregar peças no seu irmão o Comerciante e piega Milton Aragão. Ainda
solteiro Alberto que era um grande boêmio, um grande seresteiro nos seus tempos
de jovem chegando muitas das vezes tarde da noite, resolveu certa vez chegar
mais cedo. Milton muito rezador mesmo no escuro se levantava e beijava uma
Santa que se encontrava na parede. Alberto assistindo costumeiramente aquela
cena que acontecia diariamente trocou a Santa por um chinelo e Milton ao acabar
as suas orações foi direto no local do quadro e beijou demoradamente os sujos
dos chinelos do Alberto.
Alberto era
possuidor de outros dotes acima citados, era Jornalista Correspondente dos
Diários Associados na Década de 1960.
Uma de suas notícias
impactuosas foi à descoberta de uma Botija nas margens do Rio Juré, no
Município de Pires Ferreira que motivou o Programa do Flavio Cavalcante na
TV-TUPY do Rio de Janeiro enviar a nossa Ipu o Repórter Kleber Yoli, que levou
o Sr. Antonio Pinto de Oliveira (O Tonhô) a dar uma entrevista no Programa boa
Noite Brasil Outra notícia não menos impactuante foi de uma cobra gigante que
descera na bica se enrolando no pescoço de um banhista, o que veio prejudicar
grandemente o pouco turismo do Ipu por algum tempo.
Alberto ainda
noticiou a má qualidade da água da Ipu ainda nos anos setenta tendo como
Manchete no Jornal Correio do Ceará o seguinte: “Água de Ipu - Copo de Ameba”. Outro reboliço na cidade, pois, não
era tanto assim.
Citamos
ainda outra Manchete nos Diários Associados, que não sei por que ele usou o
termo CARDUME, quando Ipu numa Boca de Noite teve uma invasão de Borboleta, são
aquelas que aparecem no inicio do inverno. A Manchete foi assim estampada “Ipu é invadido por um CARDUME de Borboletas”. Ora,
cardume nós sabemos do que se trata.
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