PLANTA DA CIDADE
No inicio da
administração encarregou-se o Engenheiro João de Carvalho Aragão de levantar
gratuitamente a planta da cidade. Serviço que foi executado com todo carinho e
proficiência. Em elegante quadro postado no salão da Prefeitura, vêm-se as
divisões dos novos quarteirões, ruas e praças demarcadas, em harmonia com as
quais estão se fazendo as atuais construções. De futuro, quando for possível a
Prefeitura desapropriar algumas ruas e casas velhas para substituir pelo novo
traçado, se poderá aquilatar do beneficio espontâneo que aquele patrício
ofereceu á coletividade ipuense.
CADEIA PUBLICA
A antiga
penitenciaria de Ipu, construída no tempo do Império, está encravada no centro
da cidade. Nela eram encarcerados os criminosos e também detidos os presos correcionais,
loucos, etc. vizinha ás principiais ruas da Praça Abílio Martins, sem higiene,
antiestética, exalando insuportável mau cheiro, oferecendo um aspecto funesto,
permanecia o velho pardieiro municipal.
Um dos Prefeitos
de outrora teve a ideia de edificar a nova penitenciaria e para tal fim deu inicio
aos trabalhos em 1925, orientado por uma planta conseguida de Fortaleza. Ao
ser apelado do poder deixou o serviço bem começado e o material apto para a
conclusão devidamente aparelhado, aguardando apenas que o sucessor continuasse
a obra por tantos títulos recomendável. Em Ipu, infelizmente, (Patriotismo
Esquisito)
Inauguração da Cadeia Pública-29-03-1933
Os administradores da Pátria Velha primavam
por não querer demonstrar ao publico que os seus adversários houvessem feito
alguma cousa de útil.
Era parte do programa destruir aquilo, fosse
útil ou de beneficio ao município, que o antagonista havia projetado, e como
tal, a cadeia tão bem iniciada pelo Prefeito José Raimundo de Aragão
Filho, teve condenação formal pelo Prefeito Felix de Souza Martins, que
preferiu vender o material à mesma destinado pela metade e terça parte do
valor, embora, para justificar a sua atitude, tenha aplicado o produto em outro
serviço de utilidade publica, mas nunca de urgência, como o da penitenciaria.
Ao tomar conta do município apelei para o Sr.
Interventor Federal no sentido de me conceder um auxilio para a continuação dos
trabalhos, tendo me sido dados cinco contos de reis que imediatamente ali
apliquei. De conformidade com as possibilidades das finanças prossegui alguns
serviços mais indispensáveis, vindo, por fim, conclui-los em 1933 com
o auxilio dos flagelados do Campo de Concentração. A sua inauguração teve
lugar no dia 29 de março daquele ano, cuja ata para aqui transcrevo:
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