terça-feira, 7 de junho de 2016

PLANTA DA CIDADE


No inicio da administração encarregou-se o Engenheiro João de Carvalho Aragão de levantar gratuitamente a planta da cidade. Serviço que foi executado com todo carinho e proficiência. Em elegante quadro postado no salão da Prefeitura, vêm-se as divisões dos novos quarteirões, ruas e praças demarcadas, em harmonia com as quais estão se fazendo as atuais construções. De futuro, quando for possível a Prefeitura desapropriar algumas ruas e casas velhas para substituir pelo novo traçado, se poderá aquilatar do beneficio espontâneo que aquele patrício ofereceu á coletividade ipuense.

CADEIA PUBLICA

A antiga penitenciaria de Ipu, construída no tempo do Império, está encravada no centro da cidade. Nela eram encarcerados os criminosos e também detidos os presos correcionais, loucos, etc. vizinha ás principiais ruas da Praça Abílio Martins, sem higiene, antiestética, exalando insuportável mau cheiro, oferecendo um aspecto funesto, permanecia o velho pardieiro municipal.
Um dos Prefeitos de outrora teve a ideia de edificar a nova penitenciaria e para tal fim deu inicio aos trabalhos em 1925, orientado por uma planta conseguida de Fortaleza. Ao ser apelado do poder deixou o serviço bem começado e o material apto para a conclusão devidamente aparelhado, aguardando apenas que o sucessor continuasse a obra por tantos títulos recomendável. Em Ipu, infelizmente, (Patriotismo Esquisito)

                        Inauguração da Cadeia Pública-29-03-1933
Os administradores da Pátria Velha primavam por não querer demonstrar ao publico que os seus adversários houvessem feito alguma cousa de útil.
Era parte do programa destruir aquilo, fosse útil ou de beneficio ao município, que o antagonista havia projetado, e como tal, a cadeia tão bem iniciada pelo Prefeito José Raimundo de Aragão Filho, teve condenação formal pelo Prefeito Felix de Souza Martins, que preferiu vender o material à mesma destinado pela metade e terça parte do valor, embora, para justificar a sua atitude, tenha aplicado o produto em outro serviço de utilidade publica, mas nunca de urgência, como o da penitenciaria.

Ao tomar conta do município apelei para o Sr. Interventor Federal no sentido de me conceder um auxilio para a continuação dos trabalhos, tendo me sido dados cinco contos de reis que imediatamente ali apliquei. De conformidade com as possibilidades das finanças prossegui alguns serviços mais indispensáveis, vindo, por fim, conclui-los em 1933 com o auxilio dos flagelados do Campo de Concentração. A sua inauguração teve lugar no dia 29 de março daquele ano, cuja ata para aqui transcrevo:

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