quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Independente dos afazeres da Natureza e das pessoas, os  365 dias do ano não esperam por ninguém.
Mal passamos por janeiro e fevereiro, não demora muito e  lá vêm outra vez   o Natal e  o Ano Novo.
 Soldados, generais, deputados, presidentes, médicos, empresários, padres, pastores, operários, crianças, mendigos, prostitutas, criminosos, todos se submetem à lei e à ação do tempo,  que se “impõem”, paradoxalmente,   democráticos.
 Já imaginou se o dia, para nascer,  tivesse que esperar a maré subir ou descer?
Um pôr de sol “congelar” para que um casal de namorados possa ter mais tempo para juras de amor? A noite se estender por mais tempo para encobrir um roubo ou uma ação de guerra?
Não! O tempo não espera algo ou alguém. Não transige. Ao contrário, é igual, redondo, exato, se  milimetricamente cronometrado.
 Tem a lenda do galo que acreditava  que, para amanhecer, precisaria  cantar. Um dia farreou demais com a galinha, dormiu mais da conta e,  quando acordou,  o sol já estava alto…
 Mamãe me dizia: “O tempo é o melhor remédio para todos os males. Basta esperar. Mas o  tempo,  é bom que se diga,  não espera…”

José Machado, José Machdo Júnior, Mayara, Eduardo Augusto, Bruna Raquel e Igor José, por ordem decreescente de tempo.
 Mesmo assim, com essa onipresença e onipotência, muitos tentam se eximir da mão poderosa do tempo. O melhor seria aceitá-lo, aproveitá-lo, enquanto é tempo.
Do tempo, diz-se que  tem duas caras. Se bem aproveitado, será um grande aliado. Se não, será seu pior inimigo.
Mário Lago dizia que “o tempo não comprou passagem de volta”. Portanto, viva sempre a favor do tempo, sabendo que perder tempo é desperdiçar a vida, e correr contra o tempo é maltratar o coração.
O que é seu chega com o tempo. O que não é,  vai-se com ele.  Lembre-se de Millor Fernandes: “Quem mata o tempo não é assassino. É suicida”.
Para os mais sofisticados, surrealisticamente falando, Platão disse: “O tempo é a imagem móvel  da eternidade imóvel”. Plutarco aliviou: “O tempo é o mais sábio dos conselheiros”.
Cazuza, exaltando Quintana, cancionou que “o tempo não para”… Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo.
Como Mário Lago, fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra.
Para os erros, perdão. Para os fracassos, uma nova chance. Para os amores impossíveis, o tempo.
O tempo é algo que temos grande dificuldade em administrar. Estamos sempre a um passo atrás ou à frente.
Para terminar, alerto: ou a gente passa o tempo ou o tempo passa a gente. E não deixe a borracha do tempo me apagar do seu coração.
+++
Homenagem a todos os meus amigos do Facebook  e do blogdomachado.com.br, quando se finda mais um ano, espaço de tempo padrão para a Humanidade.
Espero que tenham tempo de ler toda a crônica. Feliz 2014!
José Machado

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