O TEATRO DE IPU.·.
Ipu sempre
cultuou o teatro, de 1918 a 1922, nosso teatro foi dirigido pelo tão famoso
juiz da época Apolônio de Barros, o qual escreveu algumas peças teatrais, as
quais muito aplaudidas pela sociedade ipuense da época:
Manhas por
Gorjetas
Morrer pra ter
Dinheiro
Almas do Outro
Mundo
Casal e Meio
Os atores mais
famosos da época eram:
Cel. Gonçalo
Soares
Cel. Tomaz Correa
Quincas Medeiros
Outra época de
ouro do teatro ipuense vem ressurgir no ano de 1935, com o Grupo Teatral
Recreativo Ipuense, formado pela mocidade da sociedade, o qual foi o primeiro
grupo da década, o segundo vem a ser Ernestina Magalhães, formado por alguns
dos atores citados abaixo:
Gerardo Ayres de
Sousa
Valderez Soares
Francisco Lisboa
Lima
Wilson Lopes
Raimundo Nonato
Lopes
Janjão Campos
Carmélia Passos e
Ernestina Magalhães eram as diretoras teatrais da época. As peças eram
encenadas no atual Auton Aragão, que na época chamava-se Escolas Reunidas e
antes Casa D’aula. Após algum, tempo, foi fundado o colégio Patronato Sousa
Carvalho, que na gestão da Irmã Nogueira, foi inaugurado o auditório, o qual
passou a ser o palco dessas encenações.
O Ipu sempre
cultuou e possuiu seu Teatro.
As peças do
teatro de Ipu eram: “Toutinegra do Moinho”. Narravam a história de uma condessa
que cantava muito bem e que tinham roubado o título do pai dela, tinham exilado
o pai dela, era uma história muito linda. E ela depois foi criada por um velho
lenhador, quando jogaram fogo no palácio do velho, Conde de Palizel, Conde João
de Paliseu, sei que este velho foi quem criou esta menina. Ela cantava muito
bem, pelas ruas pra ganhar dinheiro, ao som de guitarras e ali ela ganhava a
vida, pois cantava e esse pássaro que teve a França é o pássaro que canta
melhor, ainda hoje tem Toutinegra do Moinho. Mas, como ela morava num moinho de
vento, tomou por nome Toutinegra do Moinho.
Outra peça:
Mártir do Dever (era um padre vítima do sigilo da confissão), a Espanha Comunista,
A Cruz de Madeira. O primeiro teatro era comandado pelo Sr. Tomaz Corrêa e um
velho que tinha aqui, era empregado da Coletoria, Quincas Medeiros. Quando o
Pe. Caubi aqui chegou e nos incentivou a fundar esta sociedade dramaática.
Ensaiamos com ele a Cruz de Madeira.
Comédias foram um
mundo de comédias: Aventuras de um Rapaz Feio, Casal e Meio (criado pelo Dr.
Apolônio), Morrer pra ter dinheiro, tudo coisa muito boa, cada qual melhor.
(Fonte: meu amigo Gerardo Aires em memória)
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