sexta-feira, 27 de setembro de 2013


Quero Beijar-te as Mãos

O cenário é, mais uma vez, o Quadro da Igrejinha. O berço da minha infância no Ipu.
Nos anos de 1961 / 62 a precariedade da iluminação pública e a inexistência da atual  pracinha contribuía para o embelezamento do cenário. 
À noite, rotineiramente, aquela praça se embelezava. As crianças, desassossegadas corriam nas calçadas de um lado para o outro e, sobre a relva do campo existente brincavam incessantemente.
Os nossos pais e vizinhos formavam inúmeras e divertidas rodas nas calçadas onde ficavam a conversar até horas altas da noite. Não existia televisão.
As jovens-moças, algumas delas meninas-moças, com as suas saias largas e plissadas, um pouco abaixo do joelho, sentavam-se em roda no meio da praça, como se um jardim fossem e ficavam a cantar; Outras, a sussurrar sobre as primeiras travessuras dos seus corações.
Cantavam inúmeros sucessos da época, mas a música “QUERO BEIJAR-TE AS MÃOS” na voz de ANÍSIO SILVA leva-me facilmente àquele período.
Pela ordem das residências ouso-me nomear cada uma daquelas alegres jovens: Terezinha e Lastênia, Leda, Teresinha Costa, de saudosa memória,  Vera, Cida e Telma, Zelídia e Aparecida, Côca, Teresinha e Lourdes Marques,  Iraci e Cirinha, Fransquinha Amaral, Celininha e Dadazinha, Dória, Regina e Salete e  Maria Alice.
Se de alguém esqueci, as desculpas do meu subconsciente.
Abilio, 10 set 2010



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