Quero
Beijar-te as Mãos
O cenário é, mais uma vez, o Quadro da
Igrejinha. O berço da minha infância no Ipu.
Nos anos de 1961 / 62 a precariedade da
iluminação pública e a inexistência da atual pracinha contribuía para o
embelezamento do cenário.
À noite, rotineiramente, aquela praça
se embelezava. As crianças, desassossegadas corriam nas calçadas de um lado
para o outro e, sobre a relva do campo existente brincavam incessantemente.
Os nossos pais e vizinhos formavam
inúmeras e divertidas rodas nas calçadas onde ficavam a conversar até horas
altas da noite. Não existia televisão.
As jovens-moças, algumas delas
meninas-moças, com as suas saias largas e plissadas, um pouco abaixo do joelho,
sentavam-se em roda no meio da praça, como se um jardim fossem e ficavam a
cantar; Outras, a sussurrar sobre as primeiras travessuras dos seus corações.
Cantavam inúmeros sucessos da época,
mas a música “QUERO BEIJAR-TE AS MÃOS” na voz de ANÍSIO SILVA leva-me
facilmente àquele período.
Pela ordem das residências ouso-me
nomear cada uma daquelas alegres jovens: Terezinha e Lastênia, Leda, Teresinha
Costa, de saudosa memória, Vera,
Cida e Telma, Zelídia e Aparecida, Côca, Teresinha e Lourdes Marques, Iraci e Cirinha, Fransquinha
Amaral, Celininha e Dadazinha, Dória, Regina e Salete e Maria Alice.
Se de alguém esqueci, as desculpas do
meu subconsciente.
Abilio, 10 set 2010
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