sábado, 10 de setembro de 2011

Palavras do Autor.

Queremos iniciar este trabalho descritivo de nossas Ruas e Praças, de uma cidade que recebe atualmente nomes aleatórios e até mesmo exóticos esquecendo aqueles que sempre identificaram esta urbe condignamente. Sem nenhuma identificação com aqueles ou aquelas que contribuíram na nossa formação sócio cultural, econômica e muito especialmente os que levaram o nome desta Nação Tabajara aos mais longínquos rincões deste País.
Precisamos resgatar as memórias de ipuenses que inegavelmente nortearam suas vidas dedicando com muita estima e deferência a nossa história.

As ruas constituem um relicário de nossas alegrias e tristezas. O sacrário de nossas recordações. O ponto de referência de nossa cidadania. O primeiro beijo, a bodega da esquina, o bêbado, o intelectual, o filosofo de pé de balcão, o catecismo que passam no caleidoscópio da nossa imaginação. A rua é o museu dos nossos sentimentos. Testemunha silenciosa dos nossos sonhos e frustrações. Os seus moradores embalam o saudosismo em tudo que se passou.

Não esquecendo que as ruas inspiram, funcionam como musa junto à árvore plantada e que serviu de abrigo para o primeiro encontro, para o primeiro abraço, para o primeiro afago, para o encontro de seresteiros que varavam as madrugadas em serenatas, tendo somente a lua como companheira.

Estamos cumprindo a vontade do meu Pai João Anastácio Martins que em vida manifestou este grande desejo de ver o nome de nossas Praças e Ruas editadas em livros ou em revistas, considerando de grande importância para os filhos da Terra, tendo o nome de seus parentes e amigos ostentando o nome de nossas artérias.
Uma homenagem a Joaquim de Oliveira Lima que foi o precursor dessas denominações quando ocupou o cargo de interventor em nossa cidade em 1932.



2 comentários:

  1. Belo artigo! Deveria ser ensinado em nossas escolas - pelo menos mencionado - sobre Archimedes Memoria: Projetor alguns dos mais marcantes edifícios cariocas das décadas de 1920 e 1930. Professor da Escola Nacional de Belas Artes, diretor da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Brasil, projetor do Palácio Pedro Ernesto - Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, da Igreja de Santa Terezinha no Túnel Novo, e das sedes do Hipódromo da Gávea e do Botafogo de Futebol e Regatas, Palácio das Indústrias, hoje Museu Histórico Nacional, Palácio da Festas, altar-mor da Igreja da Candelária, inúmeras residências, Palácio Tiradentes, destinado a abrigar a Câmara dos Deputados... Os jovens de hoje não conhecem o legado de nossos desbravados. Sempre tive orgulho, de adentrar na Av. Rio Branco, centro do RJ, sabendo que existiu um dedo de um Ipuense nela. As vezes me pergunto assim: quantos ipuenses já ficaram admirados por estar enfrente à estas construções sem saber que ali tem a genialidade de um ipuense? Um abraço.

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  2. Meu caro Fernando.Arquimedes Memoria é um ipuense muito lembrado aqui no IPU. Já tive oprtunidade de postar neste Blog a Sua Biografia. Assisti aí no Rio com uma boa comitiva de Ipu do lançamento do Livro: "Arquimedes o Último dos Ecléticos", de autooria do seu Neto Périccles Memoria. E mais uma Rua que leva o seu nome em nossa cidade. A sua antiga residencia onde reside hoje a familia do Dr. Célio Marrocos e mais a planta da Igreja Matriz do Ipu é dele.
    Valeu Fermando, obrigado pelas suas considerações.

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