quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Cenáculo.

Esta Esquina era onde funciova o Cenáculo.

Cenáculo.
Inicio dos anos 60. A associação Santa Luiza de Marillac, encabeçada pelas distintas jovens da época: Maria Francisca Frota, Suzana Ximenes, Terezita Felizola e a nobre ipuense Dilma Timbó; resolveram criar o Cenáculo.
O que era o Cenáculo?
Um recanto agradabilíssimo que reunia todas as noites a juventude da época para curtirem ao som de uma Radiola HI feita pelo Reizinho as músicas do Trio Irakitan, jogos de Gamão, Dama, Firo, Dominó, Ping-pong e outros tantos. Tornou-se rapidamente o ponto de encontro dos jovtens daquele tempo. Ficava onde é hoje o Estação Bar ou a antiga residência de seu Antônio Ramos. Rememoramos com muita saudade daquele lugarzinho tão bom e suave onde as nossas noites eram menos compridas, e tardes também, pois aos sábados e domingo era aberto pela manhã e a tarde, incluindo sem duvidas na noite boemia. Um perfume agridoce tomava conta do ambiente com a presença indispensável de nossas garotas do Ipu, sempre com aquele charme de mulher BONITA. Era ali que encontrávamos com as nossas namoradas. Pegávamos as nossas enamoradas e saiamos a dar voltas na Avenida Major Quixadá onde o som da amplificadora a Voz Ipuense se confundia comas melodiosas musicas da Eletrola do Cenáculo.
E tome romance, juras d amor, beijos abraços e parava por aí a pureza das meninas daquele tempo era muito grande. Vivi aquela época e sem duvidas era bom ser do Ipu, de noites nostálgicas e leves inebriadas com as músicas de Adilson Ramos, Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto, e outros, e mais outros.
A lua como sempre nos acompanhava espalhando a sua a luz argêntea para gravar no disco de prata as partituras tocadas pelos anjos em magistral orquestração. “Por isso é que dizemos que a Lua é um disco em que o criador gravou uma canção”.
E vamos que vamos de noite adentro a voz ao som do PINHO era carta marcada. E lá íamos de casa em casa cantar e tocar para as nossas belas adormecidas. No dia seguinte os comentários eram o suficiente para nos deixar lisonjeados. Diziam: eu ouvi a serenata, que bom cantaram a minha música, e por ai seguiam-se as conversas das belezas que ouviram na noite as modinhas de corações apaixonados.
Era o vigor da juventude, sensibilidade a flor da pele, sangue fervendo evoluindo e o sentimento mais profundo.
Não tenho medo das criticas que fazem dos românticos, sou e serei até enquanto o divino poder e quiser, serei um ROMANTICO INVETERADO, graças a Deus.
Francisco Mello.
Ipu, 07 de setembro de 2011. As 22h14min.

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