terça-feira, 2 de julho de 2013

Biografia



Adersom Magalhães.
(All Right)

Nasceu em Ipu, a 09 de junho de 1896. Era filho de augusto Magalhães e Ana Rosa Cavalcante de Albuquerque (D.Naninha), oriunda de tradicional família pernambucana.
A do lado materno, os Magalhães, vindo da “terrinha” para criar gado na Ribeira do Acaraú, nos campos de santa Quitéria e Ipu.
Seus irmãos que habitavam os sertões de Ipu e santa Quitéria e que vultos ilustres os conhecidos: o ex-chanceler-Juracy, o acadêmico Magalhães Júnior, o Mons. Eurico de Melo Magalhães e o banqueiro Sigefredo Magalhães.
Com menos de 18 anos, deixou o Ceará, aquele endiabrado rapazote que com outros “playboys” da época como Antonio Aragão e dico Passos,tiveram fama por suas turbulências na vida ipuense, trazendo a população em sobressalto. Conta-se que Augusto Magalhães, pai do peralta que lhe dera grandes preocupações, no dia em que o vira ir embora para os amigos, num desabafa – “Felizmente, fiquei livre de meu doido. O mundo vai ensiná-lo.”
Nunca mais de apagaria da lembrança daquele jovem à cena de despedida, naquela longínqua manha de 1913, como trem saindo da estação de Ipu, a mãe e as irmãs chorando, ao lado da namorada, cena que ele evocaria em muitas de suas paginas de reminiscências da terra natal.

Em 1918, foi pra o Amazonas, a chamado do seu irmão mais velho Sigefredo, que lhe conseguiu uma apresentação de Ruy Barbosa para Edmundo Bittencourt, a fim de lhe arranjar uma colocação no correio da Manha Com o advento da revolução de 30, perdendo o emprego de funcionário da Câmara, por causa do fechamento, aceitou convite para trabalhar em jornal dirigido por Cásper Líbero, em São Paulo, de onde voltou tão grande e insuportável era a saudade do Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro bacharelou-se em Direito, usava anel de grau e gostava de citar “Corpus Júris Civilis”.

Convém logo explicar que Adersom era solteirão. Mas, teve casos e uniões amorosas que resultou o nascimento em 1935 de sua filha Zarra, que ele perfilhou, dando-lhe assistência. A primogênita dela é a sua netinha Márcia, mencionada em suas crônicas e que passou a merecer atenções de pupila.

Ipu do seu tempo. Durante a primeira década do século XX, Ipu progrediu bastante, por ser ponta de linha da estrada de ferro que vem do distante porto de Camocim. Não passava então, de uma cidadezinha em formação, como muitas do interior, porém animada e interessante. As diversões da época eram circos, companhias teatrais, carrossel, cenematógrafo, gramofone, além dos bailes, festas e feiras.

Rio de Janeiro, cidade adotiva. Se Aderson com enlevo a exaltação da terra natal, não foi com menos afeto e enternecimento que escreveu sobra à adotiva, e inspirado em suas belezas naturais e na vida de seu povo, enfim escreveu o que vira inicialmente na Cidade Maravilhosa.
Escreveu nas décadas de 20-30, a bela antológica crônica “Ontem e Hoje na Rua do Passeio”.
(*) In Rio de Janeiro em Prosa e Verso, pg. 158.

Como repórter da Câmara e do Senado durante mais de 40 anos escreveu textos aos mais diversos.
Muitos vultos da Política foram proeminentes perfilados por ele.
Epitácio Pessoa, Washington Luis, Julio Preste, Azeredo, Antonio Carlos, SEABRA, Nilo Peçanha, Lauro Sodré, Francisco Sá, Altino Arantes, Villaboiam, Sampaio correia, flores da cunha, e muitos outros.
Também os próceres da Republica Nova, Getulio Vargas, Osvaldo aranha, Benedito Valadares ou Nereu Ramos, e até aqueles de passagem meteóricas no Congresso com Parsifal Barroso e Arthur Santos.

Aderson trabalhou no “Correio de Manhã”, embora seus artigos fossem reproduzidos nas cadeias que de jornais que se filiou.  Um outro Jornal foi na “Gazeta de São Paulo”. Chateaubriand considerava-o o maior repórter político do Brasil, convidando-o em vão, muitas vezes, a trabalhar em suas organizações.

Recebeu as seguintes homenagens: Pela sua nobre e elevada atuação na imprensa, Aderson foi condecorado pelo rei da Bélgica, sendo-lhe entregue a medalha, em solenidade de 25 de maio de 1960, pelo embaixador Louis Colot. E, ao representar-se, em julho de 1961, deixando o Cargo de Diretor do Senado, recebeu consagradoura manifestação em duas reuniões daquela Casa, em Brasília, quando se ocuparam de sua personalidade, enaltecendo, inclusive, sua atuação como repórter político, diversos Senadores usaram da palavra enaltecendo o nobre REPÓRTER IPUENSE.

Dados extraídos do Livro de Francisco Magalhães Martins- Ídolos Heróis & Amigos.

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