Adersom Magalhães.
(All
Right)
Nasceu em Ipu, a 09 de junho de 1896. Era filho de augusto
Magalhães e Ana Rosa Cavalcante de Albuquerque (D.Naninha), oriunda de
tradicional família pernambucana.
A do lado materno, os Magalhães, vindo da “terrinha” para criar
gado na Ribeira do Acaraú, nos campos de santa Quitéria e Ipu.
Seus irmãos que habitavam os sertões de Ipu e santa Quitéria e que
vultos ilustres os conhecidos: o ex-chanceler-Juracy, o acadêmico Magalhães
Júnior, o Mons. Eurico de Melo Magalhães e o banqueiro Sigefredo Magalhães.
Com menos de 18 anos, deixou o Ceará, aquele endiabrado rapazote
que com outros “playboys” da época como Antonio Aragão e dico Passos,tiveram
fama por suas turbulências na vida ipuense, trazendo a população em
sobressalto. Conta-se que Augusto Magalhães, pai do peralta que lhe dera
grandes preocupações, no dia em que o vira ir embora para os amigos, num
desabafa – “Felizmente, fiquei livre de meu doido. O mundo vai ensiná-lo.”
Nunca mais de apagaria da lembrança daquele jovem à cena de
despedida, naquela longínqua manha de 1913, como trem saindo da estação de Ipu,
a mãe e as irmãs chorando, ao lado da namorada, cena que ele evocaria em muitas
de suas paginas de reminiscências da terra natal.
Em 1918, foi pra o Amazonas, a chamado do seu irmão mais velho
Sigefredo, que lhe conseguiu uma apresentação de Ruy Barbosa para Edmundo
Bittencourt, a fim de lhe arranjar uma colocação no correio da Manha Com o
advento da revolução de 30, perdendo o emprego de funcionário da Câmara, por
causa do fechamento, aceitou convite para trabalhar em jornal dirigido por
Cásper Líbero, em São Paulo, de onde voltou tão grande e insuportável era a
saudade do Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro bacharelou-se em Direito, usava anel de grau e
gostava de citar “Corpus Júris Civilis”.
Convém logo explicar que Adersom era solteirão. Mas, teve casos e
uniões amorosas que resultou o nascimento em 1935 de sua filha Zarra, que ele
perfilhou, dando-lhe assistência. A primogênita dela é a sua netinha Márcia,
mencionada em suas crônicas e que passou a merecer atenções de pupila.
Ipu do seu tempo. Durante
a primeira década do século XX, Ipu progrediu bastante, por ser ponta de linha
da estrada de ferro que vem do distante porto de Camocim. Não passava então, de
uma cidadezinha em formação, como muitas do interior, porém animada e
interessante. As diversões da época eram circos, companhias teatrais,
carrossel, cenematógrafo, gramofone, além dos bailes, festas e feiras.
Rio de Janeiro, cidade adotiva. Se Aderson com enlevo a exaltação
da terra natal, não foi com menos afeto e enternecimento que escreveu sobra à
adotiva, e inspirado em suas belezas naturais e na vida de seu povo, enfim
escreveu o que vira inicialmente na Cidade Maravilhosa.
Escreveu nas décadas de 20-30, a bela antológica crônica “Ontem
e Hoje na Rua do Passeio”.
(*) In Rio de Janeiro em Prosa e Verso, pg. 158.
Como repórter da Câmara e do Senado durante mais de 40 anos
escreveu textos aos mais diversos.
Muitos vultos da Política foram proeminentes perfilados por ele.
Epitácio Pessoa, Washington Luis, Julio Preste, Azeredo, Antonio
Carlos, SEABRA, Nilo Peçanha, Lauro Sodré, Francisco Sá, Altino Arantes,
Villaboiam, Sampaio correia, flores da cunha, e muitos outros.
Também os próceres da Republica Nova, Getulio Vargas, Osvaldo
aranha, Benedito Valadares ou Nereu Ramos, e até aqueles de passagem meteóricas
no Congresso com Parsifal Barroso e Arthur Santos.
Aderson trabalhou no “Correio de Manhã”, embora seus artigos
fossem reproduzidos nas cadeias que de jornais que se filiou. Um outro Jornal foi na “Gazeta de São
Paulo”. Chateaubriand considerava-o o maior repórter político do Brasil,
convidando-o em vão, muitas vezes, a trabalhar em suas organizações.
Recebeu as seguintes homenagens: Pela sua nobre e elevada atuação
na imprensa, Aderson foi condecorado pelo rei da Bélgica, sendo-lhe entregue a
medalha, em solenidade de 25 de maio de 1960, pelo embaixador Louis Colot. E,
ao representar-se, em julho de 1961, deixando o Cargo de Diretor do Senado,
recebeu consagradoura manifestação em duas reuniões daquela Casa, em Brasília,
quando se ocuparam de sua personalidade, enaltecendo, inclusive, sua atuação
como repórter político, diversos Senadores usaram da palavra enaltecendo o
nobre REPÓRTER IPUENSE.
Dados extraídos do Livro de Francisco Magalhães Martins- Ídolos
Heróis & Amigos.
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