sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Aguardo com ansiedade as obras do professor Francisco Melo. Apesar das leituras constantes e necessárias sobre os meus temas de trabalho, considero que os livros do mestre ipuense inauguram o meu “ano literário”.
Reconheço a importância de pequenas doses de felicidade ao longo do dia, principalmente, dos mais difíceis. Porém, o passar dos tempos também ensina a saber apreciar as experiências com o cuidado que merecem. E foi assim, com carinho e paciência, que aguardei alguns dias para ler com calma “Acordes na Madrugada – Poesia, Crônicas e Comentários”.
Professor Mello sempre “se reiventa”. É mais do mesmo, mas surpreende com o inédito. É o ontem, o hoje e o amanhã. É o estudioso que sabe valorizar a pesada enciclopédia na prateleira da biblioteca, mas que entende a relevância de comentários em uma rede social. Retrata como poucos a simplicidade cotidiana, porém é ousado ao trazer, por exemplo, um parágrafo sobre o aquecimento global após lindos versos sobre o amor. E quem disse que ciência e sentimento não combinam?
Falando em coisas do coração... As obras do professor Chico Melo são como casamento: a alegria, a tristeza, a saúde, a doença. Escreve com gosto, com a riqueza de detalhes de quem “ficou pra contar a história”. Na verdade, Chico Melo mataria Getúlio de inveja pois permaneceu na vida e ainda entrou pra História como Imortal das Letras!
Acho interessante como o mestre ipuense oferece seus livros aos que os conhecem e aos que não o conhecem. Parece que a missão do homem é compartilhar experiência “com Deus, o mundo e o resto”. Seus cabelos brancos são respeitáveis, sua trajetória profissional como educador é inquestionável e marca/marcou muitas gerações de Ipu, mas seu legado é mais amplo.
Francisco Melo é um homem que não coleciona pessoas com uma frieza quantitativa, mas sempre tem um comentário carinhoso a tecer sobre elas. Sigo aprendendo com seu exemplo e, felizmente, hoje chegou o dia de registrar o meu.

Um abraço da Lívia Xerez 

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