Música da Semana.
Há anos, lá pela década de oitenta, fui convidado por amigos para ir a um forró no interior de Quixeramobim.
Não hesitei. Aliás, naquela época não precisava de insistências para aceitar determinados convites.
Lá chegando fomos cercados por inúmeros curiosos, certamente em razão do carro o que não era convencional naquele lugarejo.
Na sala de uma pequena casa, iluminada por lampiões (petromax) concentrava-se os dançantes sob a batuta de uma sanfona, zabumba e triângulo. No terreiro, meia dúzia de bancas vendia bolos, refrigerantes e, claro, muita cachaça.
Temerosos e ainda tímidos procuramos um lugar discreto de onde avistávamos o rodopio das mulatas e seus parceiros ao compasso do autêntico forró nordestino.
Muitos caboclos transitavam natural e vaidosamente portando suas peixeiras à mostra. Enquanto isso, alguns casais sedentos compartilhavam com as cercas solitárias e escuras momentos de amor.
Depois de alguns goles de cachaça perguntamos a atenciosa senhora se não havia uma cerveja qualquer.
É pra já. Respondeu.
Rapidamente apanhou uma enxada, cavou alguns centímetros, pescou uma cerveja barrenta, jogou-a dentro de uma lata d´água para expurgar o barro e resíduos e nos entregou dizendo:
__ Esta tá bem friinha.
A partir de então passamos a consumir “espumas de cerveja”.
Da metade para o final da festa, já descontraídos, estávamos nós no centro do salão sentindo as curvas maliciosas e o cheiro provocante daquelas sertanejas, ao ritmo do forró gostoso de JACKSON DO PANDEIRO, dançando “NA BASE DA CHINELA” até amanhecer o dia. Tsi... tsi... tsi
Ah, como dançam aquelas caboclas!
Abilio L. Martins.
Não hesitei. Aliás, naquela época não precisava de insistências para aceitar determinados convites.
Lá chegando fomos cercados por inúmeros curiosos, certamente em razão do carro o que não era convencional naquele lugarejo.
Na sala de uma pequena casa, iluminada por lampiões (petromax) concentrava-se os dançantes sob a batuta de uma sanfona, zabumba e triângulo. No terreiro, meia dúzia de bancas vendia bolos, refrigerantes e, claro, muita cachaça.
Temerosos e ainda tímidos procuramos um lugar discreto de onde avistávamos o rodopio das mulatas e seus parceiros ao compasso do autêntico forró nordestino.
Muitos caboclos transitavam natural e vaidosamente portando suas peixeiras à mostra. Enquanto isso, alguns casais sedentos compartilhavam com as cercas solitárias e escuras momentos de amor.
Depois de alguns goles de cachaça perguntamos a atenciosa senhora se não havia uma cerveja qualquer.
É pra já. Respondeu.
Rapidamente apanhou uma enxada, cavou alguns centímetros, pescou uma cerveja barrenta, jogou-a dentro de uma lata d´água para expurgar o barro e resíduos e nos entregou dizendo:
__ Esta tá bem friinha.
A partir de então passamos a consumir “espumas de cerveja”.
Da metade para o final da festa, já descontraídos, estávamos nós no centro do salão sentindo as curvas maliciosas e o cheiro provocante daquelas sertanejas, ao ritmo do forró gostoso de JACKSON DO PANDEIRO, dançando “NA BASE DA CHINELA” até amanhecer o dia. Tsi... tsi... tsi
Ah, como dançam aquelas caboclas!
Abilio L. Martins.
Meu nobre amigo Abilío, tomei a liberdade de publicar no meu Blog este texto por encontrar uma semelhença muito grande com os "sabirotes" de nossa IPU.
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