Declaração
de amor ao Ipu
Sempre levei o nome do Ipu
pelas minhas andanças pessoais e profissionais pelo mundo: as tradições das
famílias Xerez e Azevedo, a bela Bica, os festejos religiosos de São Sebastião,
a arte e cultura que me fazem sentir orgulho de um pedaço do Ceará de nome
composto por apenas três letras, mas de um grande sentimento que, tantas vezes,
parece não caber no peito. Após mencionar a “Terra de Iracema”, quase sempre
perguntaram:
-Ah... Você nasceu em Ipu?
Durante muito tempo respondi
ao “pé da letra”:
-Amo o município, não nasci,
mas meus pais, avós e muitos dos meus familiares são de lá.
As sucessivas perguntas
plantaram a semente da reflexão sobre o amor: um sentimento tão Divino que
independe das convenções dos homens, de limites territoriais. Pensamentos que se
confundiram com todos os aromas, imagens, sabores, sons, sensações físicas que
vivenciei no Ipu e ficaram guardados em algum lugar da cabeça e do coração.
Certa vez surgiu a seguinte
pergunta:
-Você é filha de Ipu?
E a resposta surgiu
automaticamente:
-Não, sou neta.
Dizem que “vó é mãe com
açúcar” e “vô é pai duas vezes”. E como é bom correr para o colo de Ipu sempre
que consigo escapar das correrias cotidianas.
Como é gratificante aprender com seu exemplo. Como é maravilhoso receber
carinho dobrado quando se está perto ou longe.
Nossos laços são fortes. É lindo
ouvir o soar que vem da Igreja Matriz, sentir o cheiro da Bica e sentir a
presença de tantos parentes e amigos independentemente de onde estou. Mas o
amor é assim. Só ele explica o inexplicável.
*Em homenagem aos meus avós
Luiz Aragão Xerez (in memoriam), Tereza de Souza Aragão Xerez, Elias Azevedo
(in memoriam) e Raimunda Azevedo (in memoriam). Com todo amor que o amor
permite.
(Lívia
Xerez).
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