domingo, 31 de agosto de 2014


Declaração de amor ao Ipu

Sempre levei o nome do Ipu pelas minhas andanças pessoais e profissionais pelo mundo: as tradições das famílias Xerez e Azevedo, a bela Bica, os festejos religiosos de São Sebastião, a arte e cultura que me fazem sentir orgulho de um pedaço do Ceará de nome composto por apenas três letras, mas de um grande sentimento que, tantas vezes, parece não caber no peito. Após mencionar a “Terra de Iracema”, quase sempre perguntaram:
-Ah... Você nasceu em Ipu?
Durante muito tempo respondi ao “pé da letra”:
-Amo o município, não nasci, mas meus pais, avós e muitos dos meus familiares são de lá.
As sucessivas perguntas plantaram a semente da reflexão sobre o amor: um sentimento tão Divino que independe das convenções dos homens, de limites territoriais. Pensamentos que se confundiram com todos os aromas, imagens, sabores, sons, sensações físicas que vivenciei no Ipu e ficaram guardados em algum lugar da cabeça e do coração.
Certa vez surgiu a seguinte pergunta:
-Você é filha de Ipu?
E a resposta surgiu automaticamente:
-Não, sou neta.
Dizem que “vó é mãe com açúcar” e “vô é pai duas vezes”. E como é bom correr para o colo de Ipu sempre que consigo escapar das correrias cotidianas.  Como é gratificante aprender com seu exemplo. Como é maravilhoso receber carinho dobrado quando se está perto ou longe.
Nossos laços são fortes. É lindo ouvir o soar que vem da Igreja Matriz, sentir o cheiro da Bica e sentir a presença de tantos parentes e amigos independentemente de onde estou. Mas o amor é assim. Só ele explica o inexplicável.

*Em homenagem aos meus avós Luiz Aragão Xerez (in memoriam), Tereza de Souza Aragão Xerez, Elias Azevedo (in memoriam) e Raimunda Azevedo (in memoriam). Com todo amor que o amor permite.
(Lívia Xerez).

                                                   

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