Coluna Preste no Ipu.
(Os Revoltosos)
(Prof. Francisco Mello)
(Há 86 Anos)
Era 13 de janeiro de 1926 invade a cidade de Ipu 100 homens
da Coluna Prestes que estava
vindo do Piauí e que por aqui passaram.
A primeira coisa que chamou a atenção dos “Revoltosos” foi a Bandeira Vermelha
hasteada no cimo da Igrejinha, a cor do Santo Padroeiro, os homens da Coluna
Prestes tiveram a impressão que aqui no Ipu estava em guerra. Foram a Estação
Ferroviária desligarão os fios do Telégrafo e passaram a monopolizar a cidade.
Conseguiram dinheiro do Agente do Banco do Brasil e outras
ajudas do Prefeito Municipal. Esta Coluna era comandada pelo João Ten. Alberto
Lins Barros, Irmão do Dr. Apolônio de Perga Bandeira Barros, que é sepultado no
cemitério de Ipu. Uma BOMBA DINAMITE
deveria ser enterrada no Alto do Cemitério e explodida se necessário fosse e a
sua explosão traria consequências gravíssimas para Cidade.
Não aconteceu, porque ao tomar conhecimento que Dr.
Apolônio seu irmão estava ali enterrado, Pedro Alberto que era o comandante
maior da Coluna mandou que fosse suspenso todo trabalho de enterramento e consequentemente
a detonação da Bomba. Aconteceram vários fatos pitorescos, historias hilariante
e algo mais. Passaram apenas dois dias aqui em Ipu rumando em seguida para
Crateús. Numa reunião no Gabinete de Leitura com o Presidente Chagas Pinto,
Cel. João Bessa, Mons. Gonçalo de Oliveira Lima, Vigário, Joaquim de Oliveira
Lima representante do Banco do Brasil, foram atendidos todos os pedidos do Tenente
João Alberto.
O Presidente pediu ao Tenente que deixasse alguma escrita
para registrar a sua passagem em Ipu, e assim ele fez.
“Cidade hospitaleira, onde tudo lembra a memória de meu
irmão. Em cada um de seus habitantes encontrei um amigo desinteressado, mas para
admirar este formidável torrão tão querido destes cearenses, - raça forte que
tanto honra nosso Brasil”.
Sinto Satisfação.
Ipu 13 de janeiro de 1926.
João Alberto Lins Barros.
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