Cabo
Bahia, Alzira Procópio e Aloísio Rico.
Ipu nos anos 50/60 vivia uma calmaria característica da época.
O Jogo do Bicho corria solto, muitos
arriscavam ganhar no Grupo na Dezena ou na Milhar. D. Alzira Procópio sendo
possuidora de um livro de São Cipriano e encontrando no compêndio a ORAÇÃO DA
CABRA PRETA, solicitou de imediato do amigo Cabo Bahia, homem valente e afeito
a esse tipo de URUCUBACA e o seu genro muito conhecido na cidade como Aloísio
RICO proprietário de um grande comércio na cidade, para na orientação dela
(Alzira) realizarem numa encruzilhada a temível Oração da Cabra Preta de São
Cipriano. E aconteceu. Numa sexta-feira meia noite. Cabo Bahia e Aloísio foram
fazer a oração no cruzamento da Rua Farias Brito com a Travessa Ibiapaba, hoje
Rua João Anastácio Martins, nas
imediações de um grande Juazeiro.
Ficaram os dois totalmente despidos.
Antes, porém a recomendação de D. Alzira para não fumarem, não beber nem ter
contato com mulher.
Começaram a Oração. Na metade da
prédica apareceu um cachorro. Cessaram a reza e se vestiram e ficaram certo de
que o bicho do dia seguinte seria mesmo o Cachorro. Ao se deslocarem para as
suas residências Aloísio encontrou-se com uma rascoeira, foi chamada a atenção
pelo Cabo o mesmo não ligou. Bahia quando foi chegando às imediações de sua casa
o cão lhe aparece mais uma vez. Era na certa o bicho que ia dar no dia seguinte.
Jogaram tudo que possuíam. Mas quando
veio o resultado não foi o Cachorro e sim a Cabra, o Cão correspondentemente o nº.
05 e a Cabra nº. 06. De imediato foram logo indagados o que tinha acontecido
por D. Alzira. Bahia disse-lhe: foi o seu genro que se encontrou com uma piturisca
razão principal da oração não ter sortido os seus reais efeitos.
Dona
Maroca Sapateiro. Residia
na Rua da Goela, hoje Rua Cel.Pedro Aragão. Concertava sapatos, chinelos e
outros similares. Era cheia de pabulagem, sempre estava a acrescentar as suas
posses, ou melhor, aumentava o que possuía.
Toda vez que ia comprar qualquer coisa
que se referisse aos mantimentos de casa fazia um exagero dos mais expressivos.
Chamava sempre uma filha de nome MAFISA
em voz alta e suplicante. “Ô Mafisa vai ali à rua e comprar Cinco kilos de
carne quando a filha chegava mais perto dela, ela dizia: vem cá menina é só um”.
Quando mandava comprar pães para o
café da tarde fazia à mesma coisa, ”vai compra 10 pães a todo volume da voz, e
bem baixinho ao ouvido da filha, olha bem é somente um”.
Dona Maroca Sapateiro. Dos Pães.
Nenhum comentário:
Postar um comentário