Homenagem ao Raimundo
Lapinha
Raimundo Felix Ferreira.
Carinhosamente conhecido por todos ipuenses como Raimundo Lapinha, nascido na
terra de Raimundo do Vale, Joaquim Lima de Mons. Gonçalo e outros tantos no dia
23 de março de 1916.
Teve uma infância e a
adolescência vividas modestamente, trabalhando a terra ou no exercício de
atividades domesticas comerciais.
Contraiu núpcias com Maria
Marques Ferreira no dia 17 de janeiro de 1950, na Igreja Matriz de São
Sebastião. Dessa união nasceram: José Pedro, Maria José, Mário José, José Tarcísio,
Efigênia Maria, Rosa Maria, Regina Célia e Terezinha de Jesus.
Na qualidade de cidadão ipuense prestou
serviços profissionais à Prefeitura Municipal do Ipu, exercendo o cargo de
Zelador da arborização. Foi funcionário da Maternidade e Hospital Dr. Francisco
Araújo e da Escola Delmiro Gouveia. Raimundo Felix Ferreira ou Raimundo Lapinha
como era conhecido e assim chamado pelos seus conterrâneos.
Foi uma pessoa de grande
popularidade em Ipu. A alcunha “Lapinha” lhe foi atribuída, em virtude de o
mesmo aos quinze anos, de idade ter sido acometido da doença “paratifo”. Então
pediu ao Menino Jesus que o curasse. Prometendo render-lhe homenagem até o dia
de sua morte, erigindo presépios nas Igrejas ou na sua residência. A promessa
foi cumprida e se antes ele já era um religioso convicto, com a graça alcançada
fortaleceu ainda mais a sua fé em Cristo.
Outro testemunho da sua religiosidade se deu
quando do falecimento do seu filho Mário José, em decorrência de uma doença
incurável, dizia ele: “foi um designo de Deus”. Eu não posso contesta-lo.
Raimundo Lapinha figurou entre aquelas pessoas
que em mutirão conduziram pedras para construção dos alicerces da Igreja Matriz
de São Sebastião, segundo a historiadora Valdemira coelho Mello em seu livro “O
Ipu em três Épocas”; Construíram momentos de lazer aquele movimento feito em
favor do Templo de Deus que se iniciava.
A Igreja Matriz, a Igrejinha
do quadro, a secular Capelinha recebeu bastante os serviços do Lapinha, na
época encarregado de sua conservação e
limpeza.
O seu devotamento a Igreja
tornou-se parte integrante de sua vida e mais da metade, à ornamentação.do seu
dia dia era dedicado a limpeza, conservação das imagens a ornamentação
propriamente dita. Em tempos de feta religiosas ou por Natal, ele se desdobrava
em cuidados especiais, afinal, tudo era feito para louvar e agradecer ao
Senhor.
A sua popularidade não ficou
marcada apenas por sua dedicação exclusiva a Casa de Deus, mas, também por
prestar solidariedade a quantos solicitassem os seus serviços de home humilde,
simples e trabalhador. Essa atitude lhe granjeou simpatia das famílias
tradicionais abastadas, que em contra partida, auxiliavam-no em suas
necessidades básicas ou no que lhe fosse necessário. Este modesto homem,
temente a Deus cumpriu com sua responsabilidade de esposo e pai, mesmo com os
parcos recursos de que dispunha. Assumiu condignamente a sua posição de
servidor publico, contribuindo assim com o crescimento de sua cidade.
Em 18 de maio de 1991, os Anjos
do Senhor, sob a intercessão de São Sebastião, transportaram Raimundo Lapinha
para erigir presépios lá no céu, fazendo sorrir o Menino Jesus.
Aqui estar posta a nossa
homenagem àquele que trouxe a alegria da meninada de minha época as Lapinhas
bonitas, dentro de uma criatividade impressionante para aquela época. Raimundo
Lapinha veja e escute aí do Céu esta homenagem que a AFAI, lhe presta para
perpetuação da memoria de todos nós – IPUENSES.
Fonte deste Texto: REVISTA
DA ALMECE (DA QUAL FAÇO PARTE) da minha amiga e Confreira Francinet Azevedo,
nora do homenageado. V Edição – 2009.
Ipu, 20 de dezembro de 2012.
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