quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pedreiros Livres

Pedreiros-Livres.

Para a construção das grandes catedrais góticas, como a Notre Dame de Paris, era necessário o conhecimento de princípios esotéricos que deveriam ser aplicados arquitetonicamente. Para tal, na Idade Média, formaram-se na Europa as corporações de ofício, congregando pedreiros, artífices construtores que, como no Templo de Salomão dividiam-se em três graus: aprendiz, companheiro e mestre. Naquela época, a arte de construir era muito valorizada e os trabalhadores se reuniam em corporações com o objetivo de aprender e trabalhar tendo como base a solidariedade.
Foi neste período que o movimento sofreu influência dos Cavaleiros Rosa-cruz, o que determinaria uma série de mudanças em sua estrutura; o termo Maçonaria (do francês maçonnerei para o ofício de pedreiro) passou a ser empregado para denominar a antiga arte da construção, e se até então o movimento só congregava artífices vários, começou a receber nobres, príncipes e intelectuais, passando de Maçonaria operativa para especulativa. Foi exatamente aí que o movimento se tornaria um dos mais poderosos e atuantes da História, com participação nos principais acontecimentos dos últimos três séculos.
Os novos integrantes foram batizados de pedreiros-livres (em francês, francos-maçons), aqueles livres-pensadores que deveriam juntar-se aos pedreiros de ofício para construir as grandes catedrais do interior humano, dando base filosófica e doutrinária à instituição. A Maçonaria ganhara uma função política. Seus membros são de origem, livre-pensadores em relação às crenças religiosas formais, tendo o termo Franco-Maçonaria caído em desuso, com o tempo, em muitos países.
Desde então, na França e na Inglaterra, as cooperações passaram a se organizar em Lojas Maçônicas, com o fazem até hoje. A loja, neste caso, não é um prédio, mas sim o próprio ritual maçônico, onde ele acontecer, seja no templo, na taberna ou no bosque: onde estiverem vários maçons reunidos, ao se abrir o Esquadro e o Compasso sobre o Livro da Lei, está formada a egregora que constitui uma Loja maçônica. O livro da lei deverá ser aquele que representa o credo da maioria dos membros presentes: o Torah, a Bíblia, o Corão ou Alcorão e etc. Fisicamente, a Loja se instala em prédio adequado.

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