O DIA DAS MÃES
Data 09/05/2009 17:00:00
| Tropico: Cotidiano
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Um pouco de sua história-
Historicamente, é uma comemoração antiga, quase mitológica. Como nossa
mitologia ocidental tem origem na Grécia, foi lá que já se festejava, entre
mil outras celebrações, a chegada da primavera, em que era homenageada a
figura da mãe Rhea, da qual teriam nascido todos os deuses. Na Grécia, quase
todos os dias eram festivos (dias fastos) e o seu calendário era muito mais
marcado de vermelho do que o atual calendário dos políticos brasileiros...
Modernamente, é uma comemoração recente, originada de um fato simples, que
tomou dimensões universais. Uma jovem americana chamada Anna Jarvis, que
viveu em princípios do século passado, perdeu sua mãe e caiu em profunda depressão.
Pessoas amigas, preocupadas com o seu sofrimento, idealizaram fazer uma festa
em memória da mãe de Anna. Anna passou a trabalhar no sentido de estender a
comemoração a todas as outras mães, vivas ou mortas. A festa se alastrou por
todos os Estados Unidos até que, em 1914, o presidente daquele país
oficializou a data de 9 de maio para homenagear as mães.
No Brasil, a primeira comemoração ocorreu em 1918, no Rio Grande do Sul. Em
1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou a data e, em 1947, Dom Jaime de
Barros Câmara, Cardeal do Rio de Janeiro, (e o primeiro bispo de Mossoró),
determinou que a data integrasse o calendário litúrgico.
O dia das mães é celebrado em muitos países do mundo em datas diferentes, mas
predominantemente no mês de maio. No Brasil, como na maioria das nações
ocidentais, foi escolhido o segundo domingo de maio para festejar a data.
Um pouco de sua poesia - O sentido maior que se pode atribuir a esta
veneração, quase universal, repousa, a nosso ver, na importância do papel das
mães na construção dos homens e do mundo. Veja-se que, na Grécia pagã, como
se disse acima, já se festejava a deusa-mãe, como fonte de vida. Veja-se
depois, na civilização cristã, a importância que assume a mãe, na pessoa de
Maria, não mais como deusa-mãe, mas como Mãe de Deus. Aí está a resposta a
todas as dúvidas que foram criadas pela mente humana a respeito da dignidade
e importância de Maria no conceito cristão, daquela que foi escolhida para
ser mãe do Filho de Deus.
E como fica bonito dizer com os versos do poeta:
“Ó mães, da mãe de Deus vós despertais lembranças,
Nesta augusta missão tão cheia de poesia!
Quando embalais no berço as tímidas crianças,
Eu penso ver Jesus nos braços de Maria”
“Ó mães, de minha mãe vós me trazeis lembranças.
Encheis-me de saudade. Eu amo-vos por isto.
Quando apertais ao seio as doces crianças,
Eu sonho ver Maria acalentando Cristo!”
E por aí vai, um rosário imenso, infinito, cantado em tons suaves, ao doce
nome de mãe.
“Doce nome é o de mãe/ Nome sagrado por Deus./ Feliz daquele que pode/ Gozar
os carinhos seus...
”Quem não se lembra da antiga canção?
E Casemiro de Abreu, o poeta menino, que chorava no exílio distante, em
Portugal, dizendo baixinho:
“Este mundo não vale um só dos beijos/ Tão doces de uma mãe...”
Tenho que parar aqui. Todos os que ainda têm sua mãe, tratem de zelar,
venerar, amar, guardá-la como o tesouro mais precioso deste mundo. Eu não
tenho mais aqui a minha querida mãe. Mas ela acompanha cada passo de minha
caminhada. Quando, em certas horas, não vejo ninguém em meu redor, eis que
ela está ali, pertinho, olhando para mim.
Foi por isto que disse o último grande poeta, Carlos Drummond de Andrade:
“Mãe não morre nunca! / Mãe viverá sempre junto de seu filho
E ele, velho embora, será pequenino como um grão de milho”.
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domingo, 10 de maio de 2015
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