Mas será
que é pequena mesmo a quantidade de bons exemplos no País? O desinteresse em procurá-los,
descobri-los será apenas dos jovens? E qual a influência da mídia nesse
questionamento?
No meu entender, ainda podemos contar com grande número de bons exemplos e em todas as camadas da sociedade, assim os procuremos. Estimular a busca por eles compete à família, que se deve munir de conhecimento da vida e obra dos grandes vultos de que dispomos no passado e de pessoas do presente, ainda vivas, e dignas de serem reconhecidas e mais divulgadas.
Por outro lado, é notória a negligência da
maioria dos pais, educadores e formadores de opinião por não insistir em
mostrar claramente a diferença entre esses verdadeiros exemplos e certos tipos
de “heróis, famosos, modelos a ser seguidos” (atores, cantores, jogadores,
políticos, profissionais liberais, ex-BBB´s, etc.), com as devidas exceções, hoje
produzidos pelo segmento nocivo da mídia. É claro que também existe quem se
propõe a trabalhar para o bem da sociedade. Só que frequentemente tem de travar
duelo com a outra parte que se pauta no interesse financeiro ou escuso.
Agora, pegando
a deixa do Dia Nacional da Consciência Negra (20/11), relembro aqui três nomes
– três exemplos de vida - que também lutaram pela liberdade com que sonhava o
herói Zumbi dos Palmares (1655 -1695). Obviamente outros nomes importantes poderiam
merecidamente fazer parte deste pequeno comentário, mas optei por esses três
porque presumo que a maioria dos leitores pouco ou nenhum conhecimento tem desses
grandes vultos.


Já Maria Tomásia Figueira Lima (1826-1902?), foi uma sobralense, branca, e que lutou a vida inteira pela libertação dos escravos. Foi cognominada “A Libertadora”, pois durante o dia, em Fortaleza (CE), arrecadava fundos para comprar e libertar escravos; à noite, ajudava companheiros a “roubar” escravos de senzalas e os libertava.
Em nível
nacional, ressalto a figura extraordinária de Luís
Gonzaga Pinto da Gama (1830 - 1882), negro baiano (Salvador), que, apesar de
filho de mãe negra livre e pai branco, tornou-se escravo aos 10 anos, após ser
vendido pelo pai endividado (jogos). Sua a mãe, Luísa Mahin, havia confiado sua
guarda ao pai por ter de fugir por participar da Revolta dos Malês.
Luís Gama conseguiu
alfabetizar-se aos 17 anos; atuou em várias profissões; tornou-se autodidata e,
sem poder frequentar faculdade, transformou-se num rábula e jornalista famosa e
empolgante orador; fez sua própria defesa, conquistando judicialmente sua
liberdade; foi líder dos republicanos, maçom respeitado e elegeu o fim da
escravidão negra no Brasil como sua meta principal; libertou também mais de
quinhentos negros sem cobrar nada; aos 29 anos já era escritor e poeta
consagrado e jamais arredou pé do seu ideal, o que o tornou famoso em São
Paulo, onde vivia, e no Brasil. Mas morreu de diabetes aos 52 anos, pouco antes
de ver seus sonhos concretizados: Abolição da Escravatura (1888) e Proclamação
da República (1899).
Cento e trinta e três anos após sua morte, em sessão solene, no dia 03 de novembro de 2015 a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seção São Paulo, concedeu o título de "ADVOGADO" a Luís Gama. Segundo as palavras de Marcos Vinícius Furtado Coelho, presidente da OAB, "Trata-se de uma justíssima homenagem a quem tanto lutou por liberdade, igualdade e respeito”.
Cento e trinta e três anos após sua morte, em sessão solene, no dia 03 de novembro de 2015 a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seção São Paulo, concedeu o título de "ADVOGADO" a Luís Gama. Segundo as palavras de Marcos Vinícius Furtado Coelho, presidente da OAB, "Trata-se de uma justíssima homenagem a quem tanto lutou por liberdade, igualdade e respeito”.
Depois
dessa rápida amostragem, completo o título deste artigo, e sem nenhum receio de
incorrer em grave erro: Bons exemplos de brasileiros (homens e mulheres) temos,
e muitos. Só falta quem os reconheça e os divulgue mais, principalmente se
esses exemplos vêm de integrantes da parte mais humilde e menos lembrada do
nosso povo. Pense nisso!
Realização
Antes,
muita gente concordava com a afirmação de que o Carnabral só trazia benefício
para os organizadores. Com a não realização do evento este ano, dá até pra se
pensar que esse pessoal também caiu na real e constatou que não era bem assim.
Ou será que faltou Real para realizá-lo?
Pérolas
do Rádio
“Aqui, prezamos pela
parcialidade, pois estamos sempre de encontro à verdade e à seriedade”. Talvez
o colega queria dizer: “Aqui, prezamos pela imparcialidade, pois estamos sempre
ao encontro da verdade e da seriedade”. Mas, pelo que sei de quem falou assim,
ele apenas confessou seu perfil inconscientemente
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