ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE IPU
Foi por sua Majestade, Dom Pedro II, Imperador do Brasil,
assinado o Decreto de 1° de junho de 1878, mandando construir, de Camocim a
Sobral, a Estrada de Ferro.
Foram fortes os debates no Senado defendidos pelo Senador da
República João Ernesto Viriato de Medeiros para que a estrada fosse feita por
Sobral e não pela Cordilheira da Ibiapaba.
Em 14 de setembro de 1878 foram iniciados em Camocim os
trabalhos de construção da Via Férrea com o assentamento dos primeiros trilhos
em 26 de agosto de 1879.
Em 15 de janeiro de 1881, foi inaugurado os Prédios das Estações
de Camocim e Granja. Outras estações de acordo com a evolução dos trabalhos
foram sendo construídas.
A Estação de Sobral teve sua inauguração no dia 31 de dezembro
de 1882.
Em 1° de agosto de 1883, começaram em Sobral os trabalhos de
exploração dos terrenos para o prolongamento da Estrada de Ferro Sobral a Ipu.
Depois de inauguradas as estações de:
Cariré, em 1° de novembro de 1893;
Santa Cruz, hoje Reriutaba, em 1° de dezembro de 1893.
Ipu teve a sua inauguração em 10 de outubro de 1894.
O construtor e o Engenheiro que chefiou os trabalhos foi o Dr.
Antonio Sampaio Pires Ferreira.
Tivemos, portanto inaugurada a Estação Ferroviária de Ipu aos 10
dias do mês de outubro de 1894, sendo o promotor dos festejos o Vigário Pe.
Francisco Máximo Feitosa, que junto ao Engenheiro Chefe, promoveram e com muito
brilhantismo a inauguração do Majestoso Templo modelado nos princípios
arquitetônicos Europeus. Imponente a “Nossa
Estação do Trem”, a única da Linha Norte que tem cobertura de um lado
para o outro. As suas dependências são belíssimas.
A primeira locomotiva que rodou
sobre os trilhos da terra ipuense foi a n° 04-placa, Viriato de Medeiros em
fase experimental, e a que puxou o trem inaugural foi a de n° 07 placa Rocha
Dias conduzindo 13 vagões.
Ao completar 50 anos de
inaugurada em 1944 foi colocado na sua sala principal uma Caixa de Metal
contendo vários objetos em uso na época. Foram colocados: Selos, Moedas,
Cédulas, Notas Promissoras, Canetas, Tinteiros, Bilhetes referentes às
Passagens e uma Ata contendo assinaturas de várias pessoas da cidade como:
Francisco das Chagas Paz, Djacir Torquato, Valdemar Ferreira de Carvalho, João
Mozart da Silva, João Anastácio Martins, Murilo Mota Dias, Mauro Mota Dias,
Antonio Teodoro, Gerardo Aires, do Vigário Mons. Gonçalo de Oliveira Lima, Dr.
Francisco das Chagas Pinto, Manoel do Céu, Cel. João Bessa, Osvaldo Araújo, Dr.
Francisco Araújo, Edgard Corrêa de Castro e Sá, Joaquim de Oliveira Lima,
Abdoral Timbó, Joaquim Soares de Paiva, Sebastião Soares de Paiva, Luiz Soares
de Paiva, Frasquinho Soares e muitos outros.
As ruas que cortam a antiga Rede Viação Cearense, R.V.C., depois
rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima, RFFSA, hoje CFN, pertencente a um
grupo de empresários do Recife, são as Ruas: Rua Pe. Corrêa, Rua Major Antonio
do Vale.
Nenhum comentário:
Postar um comentário