Milton de Sousa Carvalho
Humberto de Campos, com aquele seu imitável jeito de dizer nas
coisas, perfilou em chistosa cinquenta do menino batoré, que numa esquina de
Sobral começou a vida vendendo fósforos, alfinetes, traques, dedais, carretéis
de linha e outras bugigangas acondicionadas numa caixa de charutos e é hoje um
dos nababos do comercio carioca.
Cedo, madrugou Milton a paixão pelos negócios e a sua primitiva
caixa de charutos, se converteu nos arranha-céus em que presentemente se vê
liderando o comercio de modas no Rio de Janeiro.
Com viagens anuais à Europa, América do Norte e Republicas do
Prata, o precoce negociante, bisonhamente “estabelecido”’ num ângulo da Praça
Figueira Melo, em Sobral, dotou a Cidade Maravilhosa de magazines somente
comparáveis aos de Paris, Nova York ou Buenos Aires.
Acentuo-se que Milton de Souza Carvalho entrou modestamente no
comercio da capital do País.
Foi o seu prodigioso tino, foram as suas arrojadas e profícuas
iniciativas que o elevaram aos cimos da prosperidade. (Revista Vida dos
Municípios, pág. 152).
Quando de sua visita a sua terra natal no ano de 1956 não obstante
a brevidade de sua permanência conseguiu rever os lugares onde passou os seus
primeiros anos de vida e ao contemplar a BICA umedeceu os olhos com lágrimas da
saudade dos tempos idos. O seu dinheiro não serviu apenas para os seus negócios
para sua família estendeu-se a Filantropia de sua terra amada o Ipu,
construindo o Patronato Sousa Carvalho e a Escola Profissional (que nunca
funcionou). (Almanaque Ipuense, pág. 84). Veio paraninfar turma de
Professora da Escola Normal Rural de Ipu dezembro de 1950.
ORIGEM: Este ramo da família teve origem no
Estado do Ceará com o casamento de CÂNDIDO
JOSÉ DE SOUZA CARVALHO com FRANCISCA
ISABEL DE SOUZA, em 1860. Francisca Isabel, nascida em 15 de maio de
1836 e falecida em 18 de outubro de 1926, terceira neta de Nicácio de Aguiar de Oliveira Júnior,
patriarca da família Souza Oliveira, do
Ceará e Rio Grande do Norte. Entre
os seus descendentes destacam-se os filhos Coronel José Cândido de Souza Carvalho, abastado e importante
comerciante no Ceará e Rio de Janeiro, por seu prestigio político ocupou no
Governo de Justiniano de Serpa a Vice-Presidência do Estado do Ceará; Desembargador Felix Cândido de Souza Carvalho,
que ocupou a Presidência do Tribunal de Justiça do Ceará no biênio 1928/1930,
exerceu também a função de Secretário dos Negócios da Justiça no governo do Dr.
Nogueira Acioli. Os netos Milton de
Souza Carvalho, comerciante no Rio de Janeiro e Deputado Federal da
bancada classista; Raul de Souza
Carvalho, magistrado e Deputado Estadual; Nilo de Souza Carvalho, comerciante e Capitalista em São Paulo. O
bisneto Jornalista Tancredo de Souza
Carvalho Filho, que ocupou as seguintes funções: Secretario de Imprensa
do Governo César Cals, Assessor de Imprensa do Ministério das Minas e Energia,
editor do jornal O Povo e correspondente da Revista Veja no Ceará.
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