Sobral - CE
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
SEM BORBOLETAS AZUIS
Professor Ramos Pontes
“Nunca te
fiz um verso, Ipu”
Porque até
ontem fui romântico,
Curió de
bosques verdes
Onde verde
não havia.
Mas como
agora cresci,
Não carrego
olhar sombrio,
Nem abrigo
alma perdida,
E a morrer
jovem não aspiro
Deixo minha
assonância
Em nada
camoniana,
Ruptura aos
alexandrinos,
Ipu! Ipuae!
Ipuorum!
Abaixo os
que te querem a glória
De cinzentas
metáforas, apenas;
Olvido sem
sepultura aos teus cantores de utopias:
Menestréis
palacianos que ao ouvido encantam,
Mas destroem
do ser a essência verdadeira.
Trovadores
que te exaltam, te adulam,
Buscando
fama e poder,
Ipu! Ipuae!
Ipuorum!
Escondi o
meu poema
- Meu
teorema da cor -,
Que calma e
clama nas taperas,
No concreto
das calçadas,
Lá nos
portões do Mercado,
No discreto
da existência
- a
paciência da fome –
Que em ti
grita sem cessar,
Ipu! Ipuae!
Ipuorum!
Dos molambos
que trafegam
Cobrindo formas
de formas cadavéricas,
Ai! Ipu!,
Ipuae!, Ipuorum!,
Que por
falta de comida
São o verde
– a cor nas taperas -,
Sem
borboletas azuis:
Tema de
tantas quimeras!
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Quero
Beijar-te as Mãos
O cenário é, mais uma vez, o Quadro da
Igrejinha. O berço da minha infância no Ipu.
Nos anos de 1961 / 62 a precariedade da
iluminação pública e a inexistência da atual pracinha contribuía para o
embelezamento do cenário.
À noite, rotineiramente, aquela praça
se embelezava. As crianças, desassossegadas corriam nas calçadas de um lado
para o outro e, sobre a relva do campo existente brincavam incessantemente.
Os nossos pais e vizinhos formavam
inúmeras e divertidas rodas nas calçadas onde ficavam a conversar até horas
altas da noite. Não existia televisão.
As jovens-moças, algumas delas
meninas-moças, com as suas saias largas e plissadas, um pouco abaixo do joelho,
sentavam-se em roda no meio da praça, como se um jardim fossem e ficavam a
cantar; Outras, a sussurrar sobre as primeiras travessuras dos seus corações.
Cantavam inúmeros sucessos da época,
mas a música “QUERO BEIJAR-TE AS MÃOS” na voz de ANÍSIO SILVA leva-me
facilmente àquele período.
Pela ordem das residências ouso-me
nomear cada uma daquelas alegres jovens: Terezinha e Lastênia, Leda, Teresinha
Costa, de saudosa memória, Vera,
Cida e Telma, Zelídia e Aparecida, Côca, Teresinha e Lourdes Marques, Iraci e Cirinha, Fransquinha
Amaral, Celininha e Dadazinha, Dória, Regina e Salete e Maria Alice.
Se de alguém esqueci, as desculpas do
meu subconsciente.
Abilio, 10 set 2010
Dona Maria Corrêa.
Muito otimistas batalhadoras.
Unidas na coletividade.
Lidam são encantadoras
Há sempre, a mais a amizade
Esmeram nas suas lidas,
Revivem com a honestidade.
E convivem em suas vidas
Sabedoria, felicidade e amor.
Integras de nascimento
Progressistas, fiéis e educadas.
Unificam com talento
E vivem muito amadas
Navegavam num mundo de alegria,
Sentem muita harmonia
Enriquecem no dia a dia
Sentimento de ufania...
Unidas na coletividade.
Lidam são encantadoras
Há sempre, a mais a amizade
Esmeram nas suas lidas,
Revivem com a honestidade.
E convivem em suas vidas
Sabedoria, felicidade e amor.
Integras de nascimento
Progressistas, fiéis e educadas.
Unificam com talento
E vivem muito amadas
Navegavam num mundo de alegria,
Sentem muita harmonia
Enriquecem no dia a dia
Sentimento de ufania...
Antiguidades de Ipu
Ano 1961
Lutas dignas de aplausos pela coragem indômita que empenham à vida e que a história guarda apenas na voz de quem as assistiu.
As famílias cujos valentes fizeram se destacar nesta terra podem ser mencionados: Os Beneditos, no alto do Quatorze; os Massapés, no Curral da Matança; os Ramos no reino de França; os Cibastes nos Canudos; Os Bastos, no Reino de França; Lúcio da Cecy, no Cemitério Velho; Chico Bastiana e João Herculano no Cajueiro; Raimundão, Lagartixa, na rua das cutias; todos homens que davam o que prometiam quando jurassem de fazer. Suas armas sempre foram o cassete de jucá e a faca do ferreiro da mina Velha, revólver era uma arma de milionários e esses eram bem poucos nos tempos da antiguidade. Nunca merece ser alvo de bravura o matador ladrão, traiçoeiro e perverso porque a semelhança das fraquezas, das ocasiões e da desigualdade de forças.
Falemos de homens que feridos no seu íntimo pelo desafio ou por qualquer insulto fizeram desabafar o seu valor defendendo direitos seus e de sua família, de faca em punho ou de cacête á mão, nunca matando, mas, abatendo ou desmoralizando o adversário, bem diferente do perverso pistoleiro de hoje contratado pela própria consciência a ser traiçoeiro e miserável apoiado na confiança dalgum político mandão. Nada de valentia, nada d bravura, somente covardia e perversidade!
Perversos e maus, miseráveis enfim que produziram crimes horrorosos que bem mereciam as galés perpétuas dos tempos antigos onde num calabouço sem lua eram sepultados como se vivos ainda permanecessem num inferno aqui mesmo na terra.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
INTRODUÇÃO
Esta obra é fruto da
tenacidade e da obstinação do professor Francisco Melo, grande entusiasta das
coisas que envolvem a cidade do Ipu. Graças a sua extraordinária memória,
muitos dos personagens aqui apresentados tiveram sua história brevemente
descrita, baseada apenas nas lembranças e no conhecimento dos fatos por ele
acumulados. Também vale registro à
colaboração dos irmãos José Ewerton e Gutemberg de Castro, contribuindo com
informações relevantes, bem como a revisão realizada por pessoas que conviveram
com boa parte dos personagens, como a minha mãe, D. Maria Nira, que traz na sua
não menos privilegiada memória, detalhes importantes de algumas pessoas que
permeiam estas páginas. A mim coube a tarefa de organizar, revisar na literatura,
inclusive com fontes do próprio autor e de seu pai, o também escritor e
possuidor de muitas páginas dedicadas ao Ipu, Sr João Anastácio, acrescentar
personagens importantes pesquisadas em livros e revistas sobre história,
promover e elaborar a editoração do livro.
Neste livro de biografias, a
novidade fica por conta da democratização e da universalização do seu conteúdo.
Parte do acervo apresentado já havia sido publicado, porém de forma fragmentada
e segmentada. Neste contexto, decidimos contemplar em um único trabalho e
reunir os personagens, pouco mais de 300, desde notáveis e destacados em suas
áreas de atuação, como profissionais liberais, contadores, empresários,
médicos, juristas, políticos de várias estirpes, passando por artistas de
várias denominações, plásticos, músicos, pintores, poetas, cordelistas, bem
como funcionários das três esferas, pequenos fabricantes de aguardente,
carpinteiros, marceneiros, pequenos comerciantes, pedreiros, mecânicos e
outros. Além desses, destacam-se ainda pessoas “de rua”, andarilhos, sem
profissão conhecida, camelôs, prostitutas, biscates, pessoas simples, mas não
menos importantes na construção da história de uma cidade.
As cidades não são apenas um
amontoado de casas e prédios, mas, sobretudo são formadas e têm a cara dos seus
habitantes, com suas vicissitudes, seu trabalho, suas realizações e seus
desacertos. Com esse pensamento, resolvemos manter viva a história dos
moradores do município, que no seu dia-a-dia contribuíram de alguma forma para
sua edificação. Esperamos que este possa se constituir num marco, onde as
gerações futuras se vejam e se identifiquem. Esperamos também que em eventuais
subseqüentes edições, vários outros nomes sejam acrescidos, e assim termos construído
um registro perene de nossa gente e de nossa história.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
domingo, 22 de setembro de 2013
POESIAS DA
PROFESSORA - VALDEMIRA COELHO Mello
ADEUS AO PATRONATO
Tranquilo jardim de escol
Todo ao sol
A plantazinha acolheu
Deu-lhe
seiva, deu-lhe vida,
E bem provida
Para o azul ela cresceu
Ei-la coberto de flores!
Oh! Que olores
Suaves não são os seus!
Depois virão frutos mil
Pra o Brasil,
Sob o olhar de nosso Deus.
Mas, o mérito do terreno.
Fresco e ameno
Foi bem maior com certeza.
Somente um solo regado,
E adubado
Produz da messe a riqueza.
Somos nós a plantazinha
Que fraquinha
O Patronato abrigou
Que em terreno assim guardado,
Assim fechada
No bem, raízes firmaram.
Aptas seremos pra luta,
Pra labuta
Lá no mundo a se travar,
E são mestras dedicadas
Extremadas
Que assim nos sabem formar.
Mas nas férias deste abrigo
Teto amigo
Temos todos que partir...
E é bem grande a intensidade
Da saudade
Que já estamos a carpir!
Ó Patronato querido,
Por nós lido
Qual outro segundo lar
Pelo bem que nos fizeste,
Que nos deste
Deus vos queira abençoar!
Vós, Irmãs, mestras bondosas.
Piedosas,
Eis a nossa gratidão!
Ficai certos que nós vamos
Mas deixamos
Junto a vós, o coração!
Ipu, 17 de dezembro de
1983.
Patronato Sousa Carvalho
1951 – 2001
50 Anos de muitas conquistas.
Matéria Produzida para os 50 Anos do
Patronato.
Em 1951
tinha apenas oito anos de vida. Mas, tenho algumas recordações quando da
instalação do Patronato.
Da sua construção pouco sei, contudo sou
sabedor que os seus maiores benfeitores foram: Milton, Nilo e Lauro de Sousa
Carvalho e Sr. Gonçalo Manoel. Mas isso não vai importar muito nos nossos
sentimentos, pois queremos deixar nesta Antologia o que representa o Patronato
para este escriba.
Não fui seu aluno, contudo patenteei o seu
desenvolvimento ao longo de tão prodigiosa existência. Afinal são 50 anos.
Jubileu de Ouro e quando a festa é Jubilar nos arrimamos de gloria para cantar
as suas benesses, os frutos colhidos em tão vasta sementeira que comumente
chamamos de saber.
Passam-se os anos. E as curvas por onde
passamos se enveredam e caem no seu lugar de origem. Volto de Fortaleza onde
estudei por alguns anos. Na minha caminhada de estudante pude me dedicar ao
Magistério, e o Patronato foi à porta aberta onde encontrei o aportar de minhas
primeiras experiências como Professor, muito embora já tivesse experimentado o
alérgico pó de giz em alguns Colégios em Fortaleza.
Seria um desafio? Não. Entreguei-me ao sistema
e resoluto dediquei-me por 17 anos a causa que muitos chamam de nobre a –
Educação no Patronato das Irmãs de Caridade do Ipu. Ser educador estava
resolvido.
Ao começar fui lecionar a matéria preferida,
na minha área de estudos. Ciências Físicas e Biológicas. Tratei de imediato
acionar um Laboratório que se encontrava apenas ocupando espaços nas
prateleiras, aliás, não chamavam nem de Laboratório e sim de Gabinete, nome
bastante esquisito para quem estava chegando novinho de um mundo de
experimentações.
E mãos a obra. Fiz de forma prática funcionar
o autentico Laboratório de Ciências. Passamos a confeccionar, trabalhar o aluno
no manuseio e confecção de instrumentos experimentais provando com os seus
resultados os caminhos das Ciências no Mundo Moderno.
As minhas ex-alunas dizem que fui o pioneiro
nesta atividade tão rara naquela época e que muitos achavam tarefa por demais
difícil. Fico feliz em saber que consegui desenvolver no meio discente e
docente um trabalho que para muitos era impraticável. O Laboratório passou a
funcionar a todo vapor servindo grandemente as aulas de Física, Química e
Biologia.
Realizei muitos experimentos, chegando até
mesmo levar e trocar em miúdos todos os ossos de um crânio em plena aula de
Anatomia no antigo 1° Normal.
E as nossas
aulas continuaram. Surge em 1971 uma especialização em matéria para o Ensino
Normal, fui indicado pela Superiora e também Diretora Irmã Mendes para integrar
as inovações que seriam inseridas no Currículo da Grade do curso em apreço,
junto a Universidade Estadual do Ceará – UECE conclui com esmero todas as aulas
ministradas, e em seguida passamos a praticar os ensinamentos recebidos.
Vem inicialmente o Método Cientifico que era
planejado em cima de acontecimentos científicos da atualidade. As alunas
exercitavam com as práticas laboratoriais na própria Sala de Aula.
Método de Observação, Método de
Experimentação e outros e mais outros foram aplicados na teoria e na prática.
A criação e funcionamento de uma Estação
Meteorológica, com vários aparelhos para prever o tempo, instalados no campo ou
pátio aberto do Patronato. E prevíamos realmente muitos dos nossos fenômenos
atmosféricos.
Como docente tive a felicidade de dar Nome
algumas turmas, ser Patrono e Paraninfo das concludentes do Normal Pedagógico,
inclusive da “Turma Jubileu de Prata”, que fui o seu Patrono em 1976.
Patronato que serviu da primeira Escola para
os meus Filhos e Netos e que entoou cantigas num processo dinâmico de
socialização.
Patronato da primeira e única Escola de minha
esposa Francisquinha que ainda modela nas suas atividades os ensinamentos ali
recebidos.
Patronato da Superiora Irmã Mendes que por
excelência administrou com muita dedicação este Colégio, fruto da sua
capacidade por demais dinâmica e exceler. Da Professora de Português e Poetisa
Irmã Anita de Barros, autora da Letra do Hino do Patronato e também da letra do
Hino do Jubileu de Prata em 1976 e autora da letra do Hino que representou Ipu
no seu centenário de cidade em 1985.
Patronato de varias outras Irmãs como: Irmã
Bernadete, Irmã Luiza, Irmã Conceição, Irmã Roseli, Irmã Eugenia, Irmã Maria
Costa e outras tantas que passaram no casarão acolhedor e amigo.
Patronato da Novena da Graça aos sábados após
a Benção do Santíssimo Sacramento na Igreja Matriz de São Sebastião.
Patronato da Vila de Santa Luiza de Marilac,
cada aluna tinha por dever visitar os velhinhos da Vila levando uma mensagem de
amor e também a sua contribuição em alimentação.
Patronato das professoras Valdemira Coelho e
Valderez Soares responsáveis por grande parte e por muito tempo das atividades
educativas curriculares e extracurriculares, como também das sessões solenes
ali programadas por elas no Auditório Nilo Carvalho.
Patronato do seu internato recebendo alunas
de toda Zona Norte do Estado, inclusive de Fortaleza, era um sucesso as
internas do Colégio.
Enfim um Colégio de muitas glórias que
devemos cantar e enaltece-lo a cada momento a sua existência. Já tivemos
oportunidade de dizer em outros escritos que o Patronato não é somente das
Irmãs de Caridade, ele é da Sociedade Ipuense, do ipuense propriamente dito por
isso orgulhemo-nos do nosso Patronato, pois como outros constituem uma reserva
moral na nossa Educação, tendo formado por este Brasil imenso, milhares de
profissionais que sem dúvidas se orgulham de poder ter passado nesta benfazeja
casa de Educação. Costumo ainda dizer que é o nosso cartão de apresentação ao
visitante e deveremos lutar fortemente para que incluamos o Ipu no roteiro
Turístico do Brasil, quiçá Internacional e que o Patronato seja destacado.
Valho-me agora para agradecer por ter o
Patronato me recebido na minha fase quase de experiência nos seus quadros
docentes.
Parabéns Patronato e que no decorrer dos anos
possamos cantar contigo muitas de tuas glórias e Oxalá que na arrancada para o
progresso tu estejas sempre presente.
sábado, 21 de setembro de 2013
Camocim - Amplificadora.
NO TEMPO DAS AMPLIFICADORAS

Domingo, dia de ir à missa, vestir a melhor roupa. Quem sabe ir à sessão do sindicato (salineiros, portuários, estivadores) e depois tomar umas bicadas na bodega da esquina. À tarde assistir uma partida de futebol no Estádio Fernando Trévia entre Cruzeiro e Santos ou esperar alguém no trem das cinco vindo de Fortaleza e aproveitar e se deliciar com o espetáculo da Fonte Luminosa. À noitinha, antes de ir à alguma tertúlia, forró, maxixe dar umas pernadas na Praça Pinto Martins e ouvir os sucessos do momento direto das bocarras do "Sonoro Pinto Martins" e os anúncios e mensagens amorosas na indefectível voz de Gerardo Brito.
Nostalgia pura. No entanto, essa era a rotina de um camocinense de décadas atrás. Mas, o queremos evindenciar na matéria é a existência dos Sonoros Pinto Martins, Voz de Camocim, dentre outras amplificadoras que marcaram época na cidade como canais de comunicação e entretenimento local. Se hoje temos a internet e nela os blogs, twitters e sites da vida, num tempo pretérito, eram as amplificadoras que faziam a festa e a interação de jovens e adultos. Neste sentido, queremos destacar o trabalho intitulado "A CIDADE NAS ONDAS DO RÁDIO - Memórias e Histórias dos Serviços de Alto-Falantes de Camocim. [1], do Prof. Carlos Manuel do Nascimento [2].
Ele nos diz da importância dessas amplificadoras para a cultura local e localiza historicamente seu início:
(...)É nessa atmosfera cultural da cidade que as amplificadoras estavam situadas. Sua presença no meio urbano não se dava de forma passiva e imperceptível; as músicas, as notícias e a comunicação irradiada pelos serviços de alto-falantes provocam nas pessoas um clima de nostalgia, motivação e interação social. Este instrumento sonoro que produzia um circuito de comunicação que envolvia a cidade fincava raízes na história da comunicação local, tornando-se assim os precursores do rádio em Camocim.
(...)A primeira experiência do povo camocinense com um serviço de alto falante, ocorreu por volta do ano de 1939 em virtude da chegada do “grande circo FREKETI”. O circo armou sua arena na Praça da Matriz, nas proximidades da casa de João Pascoal de Melo, causando de imediato grande impacto e animação na cidade, pois a mesma nunca recebera uma arena circense de tamanha amplitude e com múltiplas atrações.
Tenham um bom domingo!
Foto: Desfile de 07 de setembro. In: A CIDADE NAS ONDAS DO RÁDIO - Memórias e Histórias dos Serviços de Alto-Falantes de Camocim.
[1] Monografia apresentada ao Curso de História da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, sob a orientação da Profº. Dr. Carlos Augusto Pereira dos Santos. Graduação. Sobral-CE. 2009. Tenham um bom domingo
[2] Licenciado em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Professor da rede estadual e municipal de Camocim-CE.
Postado por Carlos Augusto P. Santos às 03:47
Amplificadora
Ah, tempos inesquecíveis! ! !
Segunda metade dos anos sessenta...
Ipu, quanta saudade! ! !.
A amplificadora do Nonato Soares
anunciava o início da noite tocando o sucesso “DEVOLVA-ME” na voz de Leno e
Lilian.
Depois dos últimos retoques no
espelho, da brilhantina e de alguns pingos de Lancaster saíamos em direção à
concorrida Praça de Iracema.
Naquela pracinha lançávamos um rápido
olhar para identificar em que direção desfilavam as “garotas cobiçadas”.
Identificadas, caminhávamos em sentido contrário provocando inúmeros
encontros alimentados por um discreto olhar e um tímido sorriso. Depois do
segundo ou terceiro dia e, encorajado pela paixão ocorria a conhecida palavra
de ordem: “Pode ser...?” Oficializava-se a paquera em namoro.
Enquanto isso a amplificadora,
marcante, tocava os sucessos de Roberto Carlos, Jerry Adriani, Wanderlei
Cardoso, Golden Boys, Deno e Dino, Os Wips, Leno e Lilian, dentre outros.
Observação:
No início desse meu relato, crônica
musical para alguns, afirmei: “tempos inesquecíveis... e Quanta
saudade. É fato. Mas o que queremos exprimir na verdade é que a
época dos anos sessenta, no Ipu, foi recheada de alegrias, namoradas, paixões e
músicas. A juventude dava um colorido especial nas praças, sempre lotadas e
alegres.
Hoje, nas poucas idas à minha cidade
vejo com tristeza e saudade as mesmas praças, desertas e tristes. A
amplificadora já não existe e a juventude, ora alegre, encontra-se dividida
entre as novelas, os bares e as drogas.
Infelizmente.
Abilio, 9 mai 2008
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
O PRIMEIRO AUTOMÓVEL E O PRIMEIRO CAMINHÃO
O engenheiro João Thomé de Sabóia, após tratar as obras de
prolongamento da estrada de ferro de Sobral até Crateús, no ano de 1909, chega à
primeira vez na cidade de Ipu, em um trem especial, desembarcando com seleta
comitiva. Foi essa comitiva recepcionada na casa do coronel José Liberato de
Carvalho. No trajeto da estação até aquela residência, as ruas foram enfeitadas
de palhas de coqueiro, em duas alas.
Na parte final do trem
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