domingo, 30 de outubro de 2016

Bodega do Chico Gabriel.
Mais uma bodeguinha que ficou na História de nossa Ipu. Bem interessante os tipo de mercadorias que lá eram vendidas.
Seu Chico Gabriel se dedicava mais a venda de produtos artesanais, fabricados aqui na nossa Terra.
Eram as famosas BIBIANS – as Lamparinas, de pavios longos para iluminar a noitinha os poucos momentos que por lá era aberto para atender os seus fregueses.
Não faltavam as caçarolas, frigideiras, panelas de Flandres, Ralos, Pinicos, e até os famosos taxos para a confecção de doces caseiros outros similares.
Podemos citar a ainda as vendas de: Funil de Zinco, Chaleira para fazer o Café Donzelo e gotoso, o Velho e verdadeiro Quinado Imperial. “A “Zinebra”, o Cinzano para queimar o trago de Cachaça, Peneiras feitas com as palhas secas das altivas palmeiras da nossa Serra da Ibiapaba, a Colher de Pau, confecciona da madeira do Mulungu, o Pilão feito com uma madeira mais consistente “Mororó” perfumes, de preferencia o “Royal Briar”, o preferido da época, e a Brilhantina, que parecia mais uma Vaselina.
Vendia ainda cordas para o uso dos Vaqueiros de nosso Sertão, Esporas, Chicote, Chapéus de Palha, Querosene para alimentar as nossas Lamparinas e os Faróis que eram muito constantes não só para iluminas a sua Bodega como também as nossas residências. Ainda não tínhamos uma energia elétrica para suprir as nossas necessidades iluminativas.
Hoje a sua Bodega ainda funciona em torno do Mercado, sendo o seu Proprietário o seu neto Carlinhos Gabriel. Os produtos são quase os mesmo, pois o publico de nossa Cidade ainda usa muito esses tipos de utensílios para os labores da Casa. Não deixando faltar à famosa Vassoura feita com palha de Carnaúba.
Os seus frequentadores eram muitos, mas lá poucos demoravam. Eram papos, de preferencia aqueles que logo nas primeiras da Noite subiam logo para o encontro com as primas (assim eram chamadas as nossas prostitutas), e por assim acontecer o Seu Chico Gabriel, foi por muitos longos anos um distinto comerciante que com sua maneira agradável atendia a todos com um sorriso fácil.
As nossas Bodegas virão muito a lume para no decorrer de nossos escritos.
Francisco de Assis Martins
Ipu CE.





sábado, 29 de outubro de 2016

A Regina!

Vc partiu muito cedo. Não houve tempo para os nossos agradecimentos e as formais despedidas.
Lembrei-me muito quando daquela enfermidade, e você em uma de suas visitas me levou um Terço daqueles que colocamos no dedo e disse-me reza e isso ira lhe curar. Pelo outro lado o Tontim colocou no meu Peito uma medalhinha de Nossa Senhora das Graças.
Fique confiante naquele momento; e hoje não tive tempo para rezar mais por você; mas o terço continua guardado nas minhas relíquias e o que me faz sempre lembrar. De você e orar por você.
Mas eu não tenho dúvidas você foi recebida no Céu, ao som das Trombetas, em perfeita harmonia entoaram um canto de louvor e de Glória com a com sua chegada.
As lágrimas que orvalham dos nossos olhos é o lenitivo da eterna Saudade que temos de você até quando um dia nos encontrarmos nesta festa cavatina magistral junto aos Anjos.
Acredite! Nós somos meteoritos neste mundo aqui na Terra, no Paraiso do Reino de Deus é perene até o dia do nosso juízo Final.
Que os anjos em exemplar acordes perfeitos pra o mundo dos sons.
Creia! As músicas dos anjos são em partituras que são as nuvens, as notas são a melodias representadas pelas estrelas lá no Céu, e toda esta é uma agradável coletividade de sons, os sonantes se mesclam com os dissonantes, mesmo sem ensaio serão gravados na lanterna branca do espaço, a LUA majestosa e bela recebendo os arpejos de tão maviosas canções, e esta mesma canção se torsformará em preludio para que jamais possamos esquecer-nos de você.
Li por ai “que lua é um Disco. onde o criador gravou uma canção tocada pelos anjos um preludio em grande orquestração que jamais esqueceremos”.
As fugas e os acordes soaram aos seus ouvidos ao acalento de todos que choramos a sua partida.
Deus na sua onipotência bondade trará o consolo para todos nós.

Fiquemos com o Pensamento de São “Tomás de Aquino “Uma saudade a mais, uma esperança a menos”, na esperança que um dia nos encontraremos”.

Francisco de Assis Martins
(Prof. Mello) – Ipu-Ce.




sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Os Tabajaras hoje.

Os Tabajaras possuem uma história de sucessivas migrações, devido a constantes conflitos de terras. Os Tabajaras que vivem em Crateús são provenientes das serras vizinhas, principalmente a serra da Ibiapaba, (Ipu-São Benedito) e tiveram que migrar para a periferia da cidade, foragidos da opressão exercida pelos fazendeiros que invadiram suas terras. Dividem-se em sete comunidades. Recentemente, um grupo de 15 (quinze) famílias dos Lira, migrou para a cidade de Quiterianópolis, onde encontraram melhores condições para viver, de acordo com seus costumes indígenas. Ficaram conhecidos como os Tabajaras de Fidélis. Nesta mesma cidade encontram-se mais 3 (três) comunidades Tabajara: Vila Nova, Croatá e Vila Alegre, todas na área rural.

Em fevereiro de 2004, os Tabajaras de Crateús conseguiram, através de sua luta, retomar cerca de 6.000 hectares de suas terras que ficam na serra da Ibiapaba. O local é chamado de Nazário e lá estão residindo cerca de 10 famílias, entre Tabajara e Kalabaça, enquanto aguardam a delimitação e demarcação da terra.
Em Monsenhor Tabosa se encontra a comunidade Tabajara de Olho d’água de Canutos, há 4 km desta cidade. São 13 famílias residindo na região. Em 1973 a família Canuto, liderada por Seu José Canuto, comprou 74 hectares de terras onde antes viviam como moradores. Organizam-se através da Associação Unidos Venceremos do Povo Tabajara de Olho D´água de Canutos, que se reúne no salão comunitário da Escola Indígena da comunidade. Em Tamboril existe a comunidade Tabajara em Grota Verde, à 35 quilômetros da cidade. São 25 famílias que se organizam através de uma associação sob a liderança de Agnon Tabajara. Atualmente, sofrem constantes ameaças por parte de fazendeiros, fato que tem limitado suas ações políticas.
Os tabajaras de Poranga residem na Aldeia Imburana, que fica próxima à cidade e também na Aldeia Cajueiro, distante 38 quilômetros de Imburana. Esta aldeia, de 4.400 hectares, foi fruto de uma retomada, sendo hoje habitada por 9 famílias, entre Tabajara e Kalabaça e igualmente aguardam a regularização da terra indígena.
Entre suas instituições, existem o Conselho Indígena dos Povos Tabajara e Kalabaça de Poranga - CIPO, importante instrumento de organização e luta; a Associação de Mulheres Indígenas Tabajaras e Kalabaça (AMITK) e a Escola Diferenciada Indígena de Poranga.
População e localização atual.·.
De acordo com o Distrito Sanitátio Especial Indígena do Ceará (órgão da Fundação Nacional de Saúde), os Tabajaras no Ceará compõem uma população de 2982 pessoas, assim distribuídas:
Crateús - 889 pessoas
Poranga - 1175 pessoas
Monsenhor Tabosa - 443 pessoas
Tamboril - 113 pessoas
Quiterianópolis - 362 pessoas                          
A Serra da Ibiapaba situam-se em meio ao semiárido nordestino e noroeste do estado do Ceará. O Planalto da Ibiapaba constituiu-se, geograficamente e politicamente hoje, em faixa montanhosa que inicia a 40 km do litoral e se estende de Carnaubal, Croatá, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, São Benedito, Tianguá, Ubarajara, Viçosa do Ceará e Ipu. Foi por esta região que começou o processo de colonização do Ceará, ocupada neste período por índios tabajaras.
Os tabajaras pertencem ao grupo tupi, este grupo o primeiro a entrar em contado como os europeus, ocupavam as regiões litorâneas do Brasil, apesar de se dividirem em várias ramificações foram denominados genericamente de tupis, pois falavam uma língua parecida, chamada pelos colonizadores de língua geral. Os outros povos ocupantes do interior do território foram denominados de tapuias, segundo Pedro Théberge os tabajaras da Serra impunham seu domínio sobre diversas tribos os tapuias. E segundo o historiador do século XIX Batista Aragão teriam:

sido agregados ao planalto ibiapabano na segunda metade do século XIV, procedentes das regiões são franciscanas onde terão entrado em desentendimento com Maiorais de sua parcialidade. Segundo informações coevas, o itinerário percorrido realizou-se por etapas, acostando inicialmente no litoral rio-grandense-do-norte, ou o que seria debaixo dessa denominação e em seguida a buscar o oeste do setentrião, alcançando o que seria o Cariri e logo em seguida a Ibiapaba.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Onde conseguirei achar forças?

Ainda não sei… só sei que sigo. Sigo a bússola de uma força magistral, que dentro de mim me convida a sempre seguir, prosseguir… e prosseguir, e prosseguir…


Disseram-me que as estrelas que eu vejo no céu, já deixaram de existir ha muito tempo, e são apenas então, uma serena miragem de uma vida precedente de anos luz...

O mundo gostaria que a luz de sua estrela fosse sempre presente e jamais virasse lembrança ou ilusão. O mundo gostaria que a luz do seu brilho durasse pra sempre, não como uma ofuscada lembrança de uma estrela que existiu em tempo longínquo, mas como uma estrela real e presente, cujo brilho não seria de outrora, mas do agora...

Sua arte foi para mundo um subterfúgio para o esquecimento das dores. Foste subterfúgio para o que o mundo se inspirasse.

No entanto, mesmo mundo que te elevou ao topo, também te apedrejou.
Ironicamente, os mesmos que te apedrejaram, hoje te aplaudem.

Mas, infelizmente, o que nos resta neste agora que não estás mais aqui, é somente é olhar para os resquício da poeira de estrelas que deixaste no céu obscuro do mundo, e lembrar de seu magistral talento.

Eu não sei para onde vão a alma das estrelas que inspiraram o mundo. O seu brilho, eterno menino, marcou e chocou tão pungentemente o mundo lusco-fusco, que já nos acostumamos a ter sua arte dentro de nós.

Não, as estrelas não morrem jamais, não elas não podem morrer....Em algum lugar da imensidão sem fim, a poesia existente em sua alma há de renascer, sem o pré julgamento conturbado desse mundo descolorido, o qual emprestastes durante 50 anos, toda a força de seus prismas multicores...

domingo, 23 de outubro de 2016

A Bodega do “Mané” Rocha.

Foi-se! A bodeguinha do seu “Mané Rocha”. Ficava localizada em uma dos cômodos do Mercado Publico do Ipu, lado, frente para antiga Prefeitura, portanto lado Poente. Quase na esquina onde hoje e é uma Lanchonete.
Frequentavam aquela birosquinha, varias pessoas de nossa cidade. Era ponto certo do Sr. Joaquim Dias Martins, funcionário do antigo DENERU, Dequinha Aragão outros mais.
Numa certa tarde/noite por lá passando encontrei tomando bebericadas de                     Pinga os dois acima citados conversando e de vez enquanto tomavam um trago dose uma aguardente bastante conhecida naquela época por Beijo de Moça, de fabricação da família Teófilo.
Parei um pouco e fiquei ouvindo o bate papo deles.
Joaquim dias muito criativo, mas muito satírico dizia para o Dequinha que tinha lido um livro de Dante sobre o Inferno e que tinha gostado bastante.
Dequinha já com umas na cabeça indagou perguntando ao Seu Joaquim do que se tratava verdadeiramente.
Ele de imediato respondeu e disse: tudo sobre o “Inferno”, Dequinha deu uma reviravolta na Cabeça e exclamou “vixe”!
Nada demais Dequinha disse o Seu Joaquim. Apenas quero lhe nomear como Porteiro do Inferno. Dequinha relutou um pouco e pensou e respondeu que sim, ia aceitar a nomeação.
Joaquim dias então ficou muito satisfeito e passou a lhe dar instruções de como poderia proceder.
De imediato passou-lhe uma grande chave do enorme portão (segundo ele) do inferno, e cada vez que morresse uma pessoa ou pessoas que mereciam os caldeirões das profundezas, de repente ele seria avisado por um CÃO CHEFE, para subir e abrir o Portão.
E assim ficou combinado. Joaquim Dias disse que já tinha ido por lá e tinha encontrado muitos aqui do Ipu e passou a citar: Vicente Jorge Ferreira Maia, Oscar Coelho, Joaquim Lima, Bitião, Dona dos Anjos e maior surpresa foi quando lá estava sentado numa cadeira um tanto cômoda e de menos sofrimento. Era o Dr. Chagas Pinto que na terra tinha sido um bom Médico e muito humanitário, mas ao lado dela estava outro médico não muito bem sucedido. Era o Dr. Francisco Costa Araújo, popularmente conhecido por Dr. Araujinho. Estava num sofrimento horrível, sentado numa cadeira de onde subiam grandes labaredas de fogo.
Joaquim ao ver tudo aquilo, resolveu voltar pra terra. Ao dobrar a esquina do Bar Cruzeiro deu uma peitada na velha CUJUBA, que estava a caminho dos QUINTOS DOS INFERNOS.
O Dequinha já se encontrava de plantão no grande portão que a pobre velha pudesse adentar ao tão horrível lugar.
Pois é, caros leitores, seu Joaquim tinha dessa.
Mas depois desta conversa dos dois saíram já bem “melados”, abraçado esperando a qualquer momento receberem um chamado para lá se encontrarem para colocar mais um no terrível sofrimento do Inferno.
Francisco de Assis Martins
(Prof. Mello) IPU-CE










DE VOLTA À VELHA RUA


Mais uma vez eu aqui. Descendo a velha rua onde tanto eu brinquei, onde tanto andei de patinete, brinquei de pega-pega até a lua aparecer no céu de veludo azul escuro. Não mais a mesma forma, não mais empoeirada; agora ostentando um negro asfalto sobre suas pedras e sua poeira vermelha. Não mais empoeiras os alvos lençóis, não mais empoeiras a bela e a melhor roupa pra eu vestir. Não compactuas mais com o vento segredos da cidadezinha, agora todos trafegam por ti apressados; carros de todas as formas e tamanhos em ti circulam, derrubaram o velho Coreto, enterraram o poço do seu Cícero Clemente (Pajeú) A casa de Tuica não tem mais o muro de pedra ferro. Agora tem apenas um depósito de materiais de construção.
Continuo descendo. Vislumbrando tua mudança, oh velha rua. Andei longe... Esse adulto estranho aqui sentiu saudades. Conheci outras ruas nesse país imenso, mas nunca esquecendo a vermelha poeira que jogava em meus pés, nunca esquecendo as ateiras, que fornecias em tua calçada. A gora o velho aqui, é apenas uma sombra nesse asfalto escuro. Nunca mais brinquei a luz do luar, oh rua... Afinal, crescemos; mas tu, oh, rua, continuas imponente apesar de toda a modernidade que a ti impuseram.
Já estou chegando, rua... Na velha casinha do João Chiquinha (Meu Pai) onde vivi, para recordar pessoas que há anos eu não via. Tem alguém me esperando lá, rua... Já posso ver. De vestido azul rendado e cabelos brancos. Tomara que tenha aquele bom e velho suco de laranja com bolo de carimã – (Puba); e o mais importante: aquele abraço apertado, com as mãos que me embalaram nas noites de minha infância. Minha Mãe.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

"Eu sou...                                 

Eu sou os livros que leio os lugares que conheço as pessoas que amo.
Eu sou as orações que faço as cartas que recebo os sonhos que tenho.
Eu sou as decepções por que passei as pessoas que perdi as dificuldades que superei.
Eu sou as coisas que descobri as lições que aprendi os amigos que encontrei.
Eu sou os pedaços de mim que levaram, os pedaços de alguns que ficaram as memórias que trago.
Eu sou as cores que gosto, os perfumes que uso, as músicas que ouço.
Eu sou os beijos que dei, sou aquilo que deixei e aquilo que escolhi.
Eu sou cada sorriso que abri, cada lágrima que caiu, cada vez que menti.
Eu sou cada um dos meus erros, cada perdão que não soube dar, cada palavra que calei.
Eu sou cada conquista alcançada, cada emoção controlada, cada laço que criei.
Eu sou cada promessa cumprida, cada calúnia sofrida, a indiferença que se formou.
Eu sou o braço que poucas vezes torceu, a mão que muitas outras se estendeu, a boca que não se calou.
Eu sou as lembranças que tenho, os objetivos que traço, as mudanças que sofrerei.
Eu sou a infância que tive, sou a fé que carrego e o destino que reinventei."

"Eu sou os brinquedos que brinquei as gírias que usei os segredos que guardei, eu sou o meu pico preferido, eu sou o renascido da doença que escapei. Aquele amor atordoado que vivi a conversa séria que tive um dia com meu pai, eu sou o que me recordo. Eu sou a saudade que sinto da minha mãe, a infância que me lembro da dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, a emoção de um trecho de livro que li, a cena de rua que me arrancou lágrimas, eu sou o que choro. Eu sou o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisou a sensibilidade que grita o carinho que permuta, os pedaços que se juntam, eu sou o orgasmo, a gargalhada, o beijo, eu sou o que desnudo. Eu sou a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, Eu sou direitos que tenho, os deveres que me obrigam, eu sou a estrada por onde corre atrás, eu sou o que penso, eu sou o que faço e o que ninguém vê. Portanto, venha a mim com corpo, alma e falta de ar! Eu acredito é em suspiros, alegrias explosivas, amizades verdadeiras, olhares faiscantes; Em sorrisos que varrem qualquer tristeza e em abraços que trazem harmonia para a vida da gente..." "O tempo passa, e com ele as coisas também passam, outras permanecem, mas nunca do mesmo jeito, elas mudam, a vida muda; Tudo muda, o lugar não é o mesmo, as pessoas não são as mesmas, os sentimentos não são os mesmos, a situação é outra. Esse é o propósito da vida; Se viéssemos aqui pra ficar sempre do mesmo jeito, no mesmo lugar, não teria porque estar aqui. O tempo passa, coisas velhas se vão, coisas novas chegam, elas não vem com manual de instruções, a vida não pára, pra que possamos aprender a lidar com elas, temos que aprender durante a caminhada, muitas vezes, com os erros, nos machucando. Acertando ou errando, o importante é aprender, pois isso tudo é apenas uma preparação para os novos desafios que virão... Aceitar o passado e as circunstâncias da vida que não podemos mudar traz enorme alívio e a paz de espírito que procuramos tão Intensamente. Devemos deixar o passado para trás. Cada dia é um novo começo. E a cada dia nós dá a oportunidade de olhar para frente com esperança, nos afastando dos vícios e de tudo aquilo que nos faz mal. Um poder maior me ajudou a encontrar um novo caminho para a minha vida. Esse poder está sempre conosco. Quando tememos enfrentar uma nova situação ou quando algo dá errado em nossa vida, podemos lançar mão dessa força maior para nos ajudar a dizer o que deve ser dito e fazer o que deve ser feito. Nosso poder superior está tão próximo de nós quanto nossa respiração. Ter consciência de sua presença nos fortalece a cada momento. 

sábado, 15 de outubro de 2016


PARABÉNS PROFESSOR PELO DIA QUE O MUNDO RECONHECE
O VALOR DO MESTRE. AINDA ME LEMBRO DA AULA DE BIOLOGIA:
Simbiose é uma relação mutuamente vantajosa entre dois ou mais organismos vivos de espécies diferentes. Mimetismo determinados organismos portadores de características que os confundem com outro grupo de organismos. Por exemplo, o bicho-folha.
Sou professor. Nasci no momento exato em que uma pergunta saltou da boca de uma criança. Fui muitas pessoas em muitos lugares. Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas a descobrir novas idéias através de perguntas. Sou Anne Sullivan, extraindo os segredos do universo da mão estendida de Helen Keller. Sou Esopo e Hans Christian Andersen, revelando a verdade através de inúmeras histórias. Sou Marva Collins, lutando pelo direito de toda a criança à Educação. Sou Mary McCloud Bethune, construindo uma grande universidade para meu povo, utilizando caixotes de laranja como escrivaninhas. Sou Bel Kauffman, lutando para colocar em prática o Up Down Staircase. Os nomes daqueles que praticaram minha profissão soam como um corredor da fama para a humanidade... Booker T. Washington, Buda, Confúcio, Ralph Waldo Emerson, Leo Buscaglia, Moisés e Jesus. Sou também aqueles cujos nomes foram há muito esquecidos, mas cujas lições e o caráter serão sempre lembrados nas realizações de seus alunos. Tenho chorado de alegria nos casamentos de ex-alunos, gargalhado de júbilo no nascimento de seus filhos e permanecido com a cabeça baixa de pesar e confusão ao lado de suas sepulturas cavadas cedo demais, para corpos jovens demais. Ao longo de cada dia tenho sido solicitado como ator, amigo, enfermeiro e médico, treinador, descobridor de artigos perdidos, como o que empresta dinheiro, como motorista de táxi, psicólogo, pai substituto, vendedor, político e mantenedor da fé. A despeito de mapas, gráficos, fórmulas, verbos, histórias e livros, não tenho tido, na verdade, nada o que ensinar, pois meus alunos têm apenas a si próprios para aprender, e eu sei que é preciso o mundo inteiro para dizer a alguém quem ele é. Sou um paradoxo. É quando falo alto que escuto mais. Minhas maiores dádivas estão no que desejo receber agradecido de meus alunos. Riqueza material não é um dos meus objetivos, mas sou um caçador de tesouros em tempo integral, em minha busca de novas oportunidades para que meus alunos usem seus talentos e em minha procura constante desses talentos que, às vezes, permanecem encobertos pela autoderrota. Sou o mais afortunado entre todos os que labutam. A um médico é permitido conduzir a vida num mágico momento. A mim, é permitido ver que a vida renasce a cada dia com novas perguntas, idéias e amizades. Um arquiteto sabe que, se construir com cuidado, sua estrutura poderá permanecer por séculos. Um professor sabe que, se construir com amor e verdade, o que construir durará para sempre. Sou um guerreiro, batalhando diariamente contra a pressão dos colegas, o negativismo, o medo, o conformismo, o preconceito, a ignorância e a apatia. Mas tenho grandes aliados: Inteligência, Curiosidade, Apoio paterno, Individualidade, Criatividade, Fé, Amor e Riso, todos correm a tomar meu partido com apoio indômito. (...) E assim, tenho um passado rico em memórias. Tenho um presente de desafios, aventuras e divertimento, porque a mim é permitido passar meus dias com o futuro. Sou professor... e agradeço a Deus por isso todos os dias
Homenagem ao Professor
As bolas de papel na cabeça, Os inúmeros diários para se corrigir, As críticas, as noites mal dormidas... Tudo isso não foi o suficiente Para te fazer desistir do teu maior sonho: Tornar possíveis os sonhos do mundo. Que bom que esta tua vocação Tem despertado a vocação de muitos. Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores, Quando em seu dia-a-dia Tantas dificuldades acontecem. A rotina é dura, mas você ainda persiste. Teu mundo é alegre, pois você Consegue olhar os olhos de todos os outros E fazê-los felizes também. Você é feliz, pois na tua matemática de vida, Dividir é sempre a melhor solução. Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo lapida O teu coração a cada dia, Dando-te tanto prazer em ensinar. Homenagens, frases poéticas, Certamente farão parte do seu dia a dia, E quero de forma especial, relembrar A pessoa maravilhosa que você é E a importância daquilo do seu ofício. É por isto que você merece esta homenagem Hoje e sempre, por aquilo que você é E por aquilo que você faz. Felicidades
Chagas Peres Parabéns àqueles que fizeram a educação de Ipu, parabéns àqueles que fazem a educação e como também quero homenagear aos que fizeram e já não se encontram entre, faço esta homenagem na pessoa do mestre dos mestre, prof. Fco. Melo, homenagem justa até mesmo por alguns momentos o prof. Melo já esteve por momentos entre àquele grandes mestres ( Moacir Timbó; Dona Valdemira; Dona Valderez Soares etc) e graça a Deus voltou para nós e Deus quizer por muito tempo. Quero fazer minhas às palavras de todos internautas que me antecederam homenageando os e as mais nobre dos profissionais do planeta. O que seria do mundo se eles não existissem? Estava tudo na idade da pedra. Portanto, ilustres mestres meus reconhecimento da importância de todos vocês.

Mestre
Mestre: Homem que ensina; aquele que é versado em alguma ciência ou arte; homem superior e de muito saber, e que serve de ensino ou lição. Nosso muito
obrigado àqueles que, ao nos ensinarem as lições do ofício, semearam em nós à vontade de tocar nossa própria música e escolher as notas que nos cabem,
com a coragem e a perícia para acreditarmos em nós mesmos.
Homenagem ao Professor
As bolas de papel na cabeça, Os inúmeros diários para se corrigir, As críticas, as noites mal dormidas... Tudo isso não foi o suficiente Para te fazer desistir do teu maior sonho: Tornar possíveis os sonhos do mundo. Que bom que esta tua vocação Tem despertado a vocação de muitos. Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores, Quando em seu dia-a-dia Tantas dificuldades acontecem. A rotina é dura, mas você ainda persiste. Teu mundo é alegre, pois você Consegue olhar os olhos de todos os outros E fazê-los felizes também. Você é feliz, pois na tua matemática de vida, Dividir é sempre a melhor solução. Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo lapida O teu coração a cada dia, Dando-te tanto prazer em ensinar. Homenagens, frases poéticas, Certamente farão parte do seu dia a dia, E quero de forma especial, relembrar A pessoa maravilhosa que você é E a importância daquilo do seu ofício. É por isto que você merece esta homenagem Hoje e sempre, por aquilo que você é E por aquilo que você faz. Felicidades
Um homem superior é aquele que não perdeu seu coração de criança.. (P.Chinês.)




sexta-feira, 14 de outubro de 2016

VEM CÁ PROFESSOR


PRECISO FALAR-TE!
Pode ser que estejas cansado...
Foram tantos os trabalhos corrigidos!
Foi penoso o planejamento!
Foram longas as horas de trabalho1
Pode ser que estejas preocupado...
São tantas as diferenças nas classes!
São tantos os problemas de disciplina!
É grande a responsabilidade que te confio!
E deve estar apressado...
Os tempos são difíceis!
O salário já chegou ao fim!
Mas apesar do cansaço, da preocupação,
Da pressa e da angustia,
Eu insisto; PRECISO FALAR-TE!
É preciso que me ouças!
Trago-te recado de tanta gente!
E houve alguém que venceu a vida
E manda dizer-te que foi por que
Tuas lições permaneceram!
E houve alguém que superou a dor
E manda dizer-te que foi a lembrança
Da tua coragem que ajudou...
E toda gente
Desta cidade
Deste Estado
Desta Pátria
Do mundo inteiro
Manda dizer-te:
QUE ÉS IMPORTANTE
QUE TEU TRABALHO É NOBRE
QUE DE TI NASCE A RAZÃO
DO PROGRESSO, DA UNIÃO,
DA HARMONIA DE UM POVO.
Vai agora... esquece o cansaço,
A preocupação, a pressa e angústia.
Porque há tanta gente amando
E orando para sejas feliz...
15 de outubro. Dia do Professor.
(Prof. Mello)
Postado por Professor Francisco M


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

2) RESUMO –   DESCOBRIMENTO DA AMÉRICA e A EXPANSÃO MARÍTIMA

a) As ideias de Colombo


Na época dos descobrimentos, isto é, no século XV, já se sabia na Europa que a Terra tinha forma arredondada e, por isso, quem navegasse sempre para ocidente chegaria às Índias que ficam a oriente.
Um sábio nascido na cidade italiana de Florença, chamado Paulo Toscanelli, traçou um mapa em que figuravam a China, o Japão e a Índia. Mas, como Toscanelli julgasse que as dimensões da Terra fossem menores, aqueles países do Oriente eram localizados em regiões próximas das ilhas dos Açores e das Canárias. Acredita-se que Colombo obteve cópia desse mapa e, desde então, ficou convencido de que era possível atingir as índias pelo ocidente.
Antes de oferecer seus serviços aos reis de , Fernando e Isabel, Colombo esteve em Portugal, onde expôs seus planos a D. João II. Mas o soberano português já estava interessado no descobrimento de outro caminho, o que contorna a África, depois percorrido por Vasco da Gama.  Colombo, então, passou-se para a  e lá esperou algum tempo até ser atendido porque os "reis católicos", Fernando e Isabel, estavam ocupados com a  contra os árabes, ainda senhores do pequeno  reino  de  Granada.
Expulsos os árabes em 1492, pôde Colombo, ainda nesse ano, partir do porto de Paios com três caravelas : Santa Maria, Pinta e Nina. Um de seus companheiros era Vicente Pinzón, que esteve no Brasil, numa outra viagem, em janeiro de 1500, antes, portanto, da expedição de Pedro Álvares Cabral. Nessa viagem Pinzón percorreu a costa do Norte, descobriu a foz do rio , que chamou Mar Dulce, e o rio Oiapoque, que durante muito tempo teve o nome de Vicente Pinzón.


b) As viagens de Colombo



Em sua primeira viagem Colombo partiu de Paios, a 3 de agosto de 1492. Em meio do caminho os marinheiros ameaçaram revoltar-se e, conta-se, chegaram até a pensar em jogar Colombo ao mar. O grande navegador, porém, não desanímava e, a 12 de outubro, da caravela Pinta, foi dado um tiro de canhão, sinal de terra à vista: era a ilha de Guanaani, nome dado pelos índios e que passou a cha-mar-se São Salvador.
Colombo, entretanto, julgou haver chegado às índias e é por isso que os selvagens da América tiveram o nome deíndios.  Em seguida partiu à procura de Cipango, nome que naquele tempo se dava ao Japão, e pensou haver chegado a esse país quando descobriu a ilha de Cuba; logo depois avistava a ilha de Haiti.
Na segunda viagem que fez ao Novo Mundo, com uma esquadra de dezessete navios, Colombo descobriu  as  ilhas  de Porto Rico e Jamaica. Na terceira, chegou a terra firme, na América do Sul, onde avistou a foz do rio Orenoco que êle chamou Boca de Dragão porque aí um temporal quase afundou seus navios.

História

Aparição

Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo da Companhia de Jesus, em Roma: a história registrada pelos padres José Alves Vilela, em 1743, e João de Morais e Aguiar, em 1757, cujos documentos se encontram no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá.[5]
Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelosconde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba,[1][6] durante uma viagem até Vila Rica.[7][8]
O povo de Guaratinguetá decidiu fazer uma festa em homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao conde.[1][6] Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus.[1][6] Após várias tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu.[8] Eles já estavam a desistir da pescaria quando João Alves jogou sua rede novamente, [1][6] em vez de peixes, apanhou o corpo de uma imagem da Virgem Maria, sem a cabeça.[1][6] Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem,[1][6] que foi envolvida em um lenço.[7] Após terem recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem Aparecida teria ficado tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la.[2] A partir daquele momento, os três pescadores apanharam tantos peixes que se viram forçados a retornar ao porto, uma vez que o volume da pesca ameaçava afundar as embarcações.[9] Esta foi a primeira intercessão atribuída à santa.[6]

Início da devoção

Durante os quinze anos seguintes a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar.[8][10] A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da santa.[8] A fama de seus supostos poderes foi se espalhando por todas as regiões do Brasil.[8] Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo tornou-se pequeno para abrigar tantos fiéis.[8][10]
Assim, por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745[8][10]. A capela foi erguida com a ajuda do filho de Filipe Pedroso, que não aprovava o local escolhido, pois considerava mais cômodo para os fiéis uma região próxima ao povoado.[11]
Há relatos não confirmados de que no dia 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, o então Príncipe Regente do BrasilDom Pedro I e sua comitiva, visitaram a capela e conheceram a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
O número de fiéis não parava de aumentar e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual Basílica Velha),[8] sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888.[12][13]

Coroa de ouro e o manto azul

Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e ofertou à santa, em pagamento de uma promessa (feita em sua primeira visita, em 8 de dezembro de 1868), uma coroa de ourocravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul, ricamente adornado.

Chegada dos missionários redentoristas

Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.

Coroação da imagem

8 de setembro de 1904, a imagem foi coroada com a riquíssima coroa doada pela Princesa Isabel e portando o manto anil, bordado em ouro e pedrarias, símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do núncio apostólico, muitos bispos, o presidente da República Rodrigues Alves e numeroso povo. Depois da coroação o papa concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário.

Instalação da basílica

No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e recebendo os ossos de são Vicente Mártir, trazidos de Roma com permissão do Papa.

Emancipação político-administrativa

Em 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros, emancipou-se politicamente de Guaratinguetá e se tornou um município, vindo a se chamar Aparecida, em homenagem a Nossa Senhora, cuja devoção fora responsável pela criação da cidade.

A rainha e padroeira do Brasil 

Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Principal em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI. A imagem já havia sido coroada anteriormente, em nome dopapa Pio X, por decreto da Santa Sé, em 1904.

Pela Lei nº 6 802, de 30 de junho de 1980, foi decretado oficialmente feriado o dia 12 de outubro, dedicando-se este dia à devoção. Também nesta lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil.

Rosa de Ouro 

Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”, gesto repetido pelo Papa Bento XVI que ofereceu outra rosa, em 2007, em decorrência da sua viagem apostólica ao país nesse mesmo ano, reconhecendo a importância da santa devoção. 

Basílica de Nossa Senhora Aparecida[editar | editar código-fonte]

Houve necessidade de um local maior para os romeiros, e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova.[10] O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura.[10]
Em 4 de julho de 1980 o papa João Paulo II, em sua visita ao Brasil, consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o maior santuário mariano do mundo, em solene missa celebrada, revigorando a devoção à Santa MariaMãe de Deus, e sagrando solenemente aquele grandioso monumento.

Centenário da coroação

No mês de maio de 2004 o papa João Paulo II concedeu indulgências aos devotos de Nossa Senhora Aparecida, por ocasião das comemorações do centenário da coroação da imagem e proclamação de Nossa Senhora como Padroeira do Brasil. Após um concurso nacional, devotos e autoridades eclesiais elegeram a Coroa do Centenário, que marcaria as festividades do jubileu de coroação realizado naquele ano.

Descrição da imagem


A imagem, tal como se encontra no interior da Basílica.
A imagem retirada das águas do rio Paraíba em 1717 mede quarenta centímetros de altura e é de terracota, ou seja, argila que após modelada é cozida num forno apropriado.[8] Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a analisaram ,acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que comprove tal suspeita.[8] A argila utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo.[8] Quando recolhida pelos pescadores, estava sem a policromia original, devido ao longo período em que esteve submersa nas águas do rio.[8] A cor decanela que apresenta hoje deve-se à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas por seus devotos.[15][8]
Através de estudos comparativos, a autoria da imagem foi atribuída ao frei Agostinho de Jesus, um monge de São Paulo conhecido por sua habilidade artística na confecção de imagens sacras.[1][8] Tais características incluem a forma sorridente dos lábios, queixo encravado, flores em relevo no cabelo, broche de três pérolas na testa e porte empinado para trás.[8] O motivo pelo qual a imagem se encontrava no fundo do rio Paraíba é que, durante o período colonial, as imagens sacras de terracota eram jogadas em rios ou enterradas quando quebradas.[16]

Atentado à imagem[editar | editar código-fonte

Os fragmentos do corpo da imagem, depois do atentado de 1978.
Em 1978, após sofrer um atentado que a reduziu a quase duzentos fragmentos, a imagem foi encaminhada a Pietro Maria Bardi, à época diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), que a examinou, juntamente com João Marinho, colecionador de imagens sacras brasileiras.[8] Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica Maria Helena Chartuni.[8][17]

Primeiros milagres[editar | editar código-fonte]

Em 1748, o padre Francisco da Silveira, estava em missa realizada onde hoje é o município de Aparecida, quando escreveu uma crônica onde menciona a imagem de Nossa Senhora como "famosa por muitos milagres realizados". Na mesma crônica descreve que os peregrinos se locomoviam grandes distâncias para agradecer as graças alcançadas.[15]

Milagre das velas[editar | editar código-fonte]

Estando a noite serena, repentinamente as duas velas que iluminavam a Santa se apagaram. Houve espanto entre os devotos, e Silvana da Rocha, querendo acendê-las novamente, não conseguiu, pois elas acenderam por si mesmas.[10] Este milagre de Nossa Senhora, ocorrido mais provavelmente em 1733.

Caem as correntes[editar | editar código-fonte]

Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, preso por grossas correntes, ao passar pela igreja onde se encontrava a imagem de Nossa Senhora Aparecida, pede ao feitor permissão para rezar. Recebendo autorização, o escravo se ajoelha diante de Nossa Senhora Aparecida e reza fervorosamente. Durante a oração as correntes milagrosamente soltam-se de seus pulsos, deixando Zacarias livre.[10]

Cavaleiro e a marca da ferradura[editar | editar código-fonte]

Um cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao se dirigir para Minas Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar, dizendo, que aquela fé era uma bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalona igreja. Logo na escadaria, a pata de seu cavalo se prendeu na pedra da escada da igreja (Basílica Velha), vindo a derrubar o cavaleiro de seu cavalo; após o fato, a marca da ferradura ficou cravada na pedra. O cavaleiro, arrependido, pediu perdão e tornou-se devoto.[10]

A menina cega de nascença de Jaboticabal - SP.[editar | editar código-fonte]

Por serem muito devotos de Nossa Senhora Aparecida, os membros da família Vaz de Jaboticabal - SP rezavam e falavam muito sobre os acontecimentos referentes a Nossa Senhora Aparecida. O casal desta família tinha uma menina que era cega de nascença e que sempre ouvia atentamente ao que falavam. A menina tinha uma vontade muito grande de ir até a Igreja. Naqueles tempos, onde tudo ainda era sertão, ficava muito difícil de se chegar até lá. Mas com muita dificuldade, fé e perseverança, mãe e filha da família Vaz de Jaboticabal - SP chegaram às escadarias da Igreja, quando, surpreendentemente, a menina cega de nascença exclamou: "Mãe, como é linda esta Igreja!". Daquele momento em diante a menina que era cega de nascença passa a enxergar normalmente.[10]

O menino no rio[editar | editar código-fonte]

O pai e o filho foram pescar. Durante a pescaria a correnteza estava muito forte e por um descuido o menino caiu no rio. O menino não sabia nadar e a correnteza o arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado pediu a Nossa Senhora Aparecida para salvar o menino. De repente, o corpo do menino parou de ser arrastado enquanto a forte correnteza continuava e o pai salvou o menino.[10]

O homem e a onça[editar | editar código-fonte]

Um homem estava voltando para sua casa, quando de repente ele se deparou com uma onça. Ele se viu encurralado e a onça estava prestes a atacar, então o homem pediu desesperado a Nossa Senhora Aparecida por sua vida, e a onça foi embora.[10]

Coroa comemorativa[editar | editar código-fonte]


Basílica de Nossa Senhora Aparecida, Brasil.
Para celebrar o centenário da Coroação da Imagem da Padroeira do Brasil, a Associação de Joalheiros e Relojoeiros do Noroeste Paulista - AJORESP, com apoio técnico doSebrae (São Paulo), promoveu um Concurso Nacional de Design, visando selecionar uma nova Coroa comemorativa do evento.
O Júri Institucional do evento selecionou, por consenso, o projeto da designer Lena Garrido, em parceria com a designer Débora Camisasca, de Belo Horizonte (Minas Gerais). A nova peça foi confeccionada em ouro e pedras preciosas especialmente para a solenidade do Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida, no dia 8 de setembro de 2004.